O uso variável das formas anafóricas no acusativo

Autores

  • Ivelã Pereira UFSC
  • Izete Lehmkuhl Coelho UFSC

Palavras-chave:

Sociolinguística. Acusativo. Formas anafóricas. Pronomes.

Resumo

Este trabalho é resultado de uma pesquisa sociolinguística laboviana, cujo objeto de estudo é constituído de formas anafóricas no acusativo. Nossa hipótese é de que formas como clíticos, pronomes pessoais retos e objeto nulo estão em variação no acusativo. Para investigar tal hipótese, embasamo-nos principalmente em postulados de Camara Júnior (2004) e resultados de trabalhos variacionistas de Cyrino (1993, 1997, 2000), Duarte (1989) e Oliveira (2007). A metodologia utilizada é a da Sociolinguística Quantitativa (cf. LABOV (2008 [1972]). A amostra investigada neste trabalho é composta de produção textual de alunos de 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série, de quatro escolas de ensino público de Florianópolis. A variável dependente foi formada por três variantes: pronome nulo, pronome oblíquo e pronome reto. As variáveis independentes internas englobam aspectos semânticos, morfossintáticos e sintáticos, e as variáveis independentes externas controladas foram: ‘sexo’, ‘faixa etária’ e ‘escolaridade’. Por meio da análise dos resultados, percebemos que o pronome reto e o objeto nulo foram as variantes mais utilizadas pelos alunos e o pronome oblíquo apareceu como uma opção muito reduzida, condicionado principalmente pelo traço de animacidade do antecedente. Pretendemos, ao final desta pesquisa, contribuir para os estudos sociolinguísticos e suscitar reflexões sobre o objeto de investigação no ensino da língua.

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Biografia do Autor

Izete Lehmkuhl Coelho, UFSC

Professora de Linguística

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Publicado

2013-10-14

Como Citar

Pereira, I., & Coelho, I. L. (2013). O uso variável das formas anafóricas no acusativo. Letrônica, 6(1), 288–318. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/letronica/article/view/13422