Universais existem? Uma análise a partir da Teoria da Percepção de Searle
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-4012.2020.1.34715Palavras-chave:
Universais, Ontologia, Comprometimento Ontológico, John Searle, PercepçãoResumo
Este artigo tem como objetivo revisitar a questão da existência dos universais. Essa questão foi muito debatida na Filosofia Medieval pelos nominalistas e realistas, especialmente influenciados pela leitura de Aristóteles. A questão também levantou debate na filosofia analítica e foi discutida por Strawson e Quine, além de lembrada por Searle. Neste trabalho, será investigado se os universais existem e em que qualidade de existência se encaixam tendo como principal pano de fundo a teoria da percepção de John Searle. Contudo, para isso, o assunto será analisado em seu contexto na filosofia contemporânea. Por isso, será exposta a definição strawsoniana de universais. Depois, será discutida a proposta do comprometimento ontológico de Quine e as críticas que recebeu de Searle. Construído esse cenário, será apresentada a teoria da percepção de Searle e, então, serão discutidas as consequências de tal teoria para um estudo ontológico dos universais. Conclui-se neste trabalho que a teoria da percepção consegue explicar bem a formação de conteúdo Intencional através do objeto e que, portanto, o universal como parte do objeto, tendo características no mundo físico, deve existir como entidade não linguística.
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Referências
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