Educação e política em Theodor Adorno: para onde a educação deve conduzir?
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-4012.2015.1.17556Palavras-chave:
Educação. Emancipação. Adaptação. Resistência.Resumo
A partir das contribuições filosóficas da Teoria Crítica de Theodor W. Adorno para o debate político-educacional, pretendemos problematizar o modelo ideológico da semiformação instituída que embasa o sistema de ensino vigente, este que por meio de suas práticas reforça os valores egoístas, competitivos e consumistas próprios da sociedade em que reina o capitalismo tardio. Nesse sentido é importante que se faça a pergunta: para onde a educação deve conduzir o sujeito? Para este fim, nosso objetivo é fazer o confronto crítico desta educação que propaga a semiformação, com a proposta adorniana de uma educação comprometida com a formação emancipatória do sujeito. Em meio a esta temática serão abordados os principais conceitos da filosofia de Adorno de modo a esclarecer os elementos que os constituem, articulando sua relação com a educação e seu caráter político, sendo eles: razão instrumental, não-idêntico, experiência formativa, semiformação, barbárie, indústria cultural, resistência, adaptação e emancipação. Também será exposto o caráter ambíguo da educação, ela que se apresenta simultaneamente como adaptação e como resistência. No entanto, defenderemos que em tempos de conformação cega com o status quo, torna-se necessário que a educação se volte para a primazia (provisória) da resistência, de modo à refortalecer o potencial de auto-reflexão crítica, e, por conseguinte, de contestação do sujeito frente à sua adaptação à ordem social vigente.
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