Evidência e Significação nas Investigações Lógicas: o papel do conceito de evidência na semântica e na epistemologia de Husserl
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-4012.2016.1.20530Keywords:
Significação, Evidência, Conhecimento,Abstract
O objetivo deste artigo é analisar as relações entre a teoria semântica, a teoria psicológica e a teoria epistemológica das Investigações Lógicas (1900-1901); especificamente, iremos mostrar que, entre os vários problemas conceituais e terminológicos presentes no texto de Edmund Husserl (1859-1938), consideramos significativoo problema que pode ser enunciado na seguinte questão: como ato psíquico, significação ideal e objeto real conseguem entrar em uma relação de correspondência? Como atestar tal correspondência? Husserl responde a essa questão clarificando o conhecimento enquanto uma síntese constante de preenchimentos de significação, isto é, como síntese progressiva de correspondência e satisfação entre expressão, significação e objeto, que, por fim, culmina no ideal limite do conhecimento: a evidência, que é o ato psíquico que reconhece e afirma a correspondência completa e a mais total possível. Baseando-nos em vários comentadores voltados para os problemas semânticos, linguísticos e epistemológicos presentes nas Investigações Lógicas, mostraremos que se a) dissolvermos alguns equívocos terminológicos e conceituais, b) clarificarmos o papel do conceito de evidência tanto como critério semântico quanto epistemológico de verdade, dentro do contexto das I, V e VI Investigações Lógicas, e, por conseguinte, c) elucidarmos a diferença entre o caráter posicional e caráter ontológico na dinâmica da evidência, é possível sustentar uma semântica ideal, apreensível e objetiva.
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