Notas sobre a lei em Tomás de Aquino

Deus, poder político e aristotelismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4012.2022.1.41891

Palavras-chave:

Aristóteles, Lei, Política, Teologia, Tomás de Aquino

Resumo

A partir da leitura tomista sobre a política de Aristóteles, considerando os conceitos de “cidade” e “cidadão”, a intenção deste texto é abordar a maneira pela qual Tomás de Aquino defende que as leis tornam os indivíduos de uma comunidade absolutamente bons e que a finalidade dessas leis é o bem-comum. A primeira parte estuda o que existe de racional em uma lei, sendo que é através dela que as ações são realizadas ou impedidas de acordo com os seus propósitos que visam o bem da cidade. A segunda parte corresponde em como Tomás de Aquino sustenta a hipótese de que existe a lei humana e a lei eterna, levando em conta o próprio sistema político do autor medieval mencionado. A conclusão é que a organização e a promulgação das leis na cidade, com o intuito de tornar os indivíduos bons, permitem o bem-comum por meio do cumprimento de cada lei com vista à essa finalidade. 

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Biografia do Autor

Lucas Joaquim da Motta, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil.

Bacharelando em Filosofia pelo Departamento de Filosofia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em São Carlos, SP, Brasil. Bolsista de Iniciação Científica pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processo n. 19/26591-1.

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Publicado

2022-10-07

Como Citar

Motta, L. J. da. (2022). Notas sobre a lei em Tomás de Aquino: Deus, poder político e aristotelismo. Intuitio, 15(1), e41891. https://doi.org/10.15448/1983-4012.2022.1.41891

Edição

Seção

Ética e Filosofia Política