Incorporação e comprometimento

Pode a via estética de Arnold Berleant dar sentido à ação ambiental?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2021.1.41824

Palavras-chave:

Estética da natureza, Ética Ambiental, Percepção estética, Incorporação, Comprometimento

Resumo

Neste artigo apresentamos as principais linhas de determinação da abordagem estética de Arnold Berleant, assim como as objeções que lhe são lançadas pelo filósofo ambiental Holmes Rolston III. Tratando-se de uma perspetiva emotivista, a conceptualização de Berleant não faculta a compreensão de uma estética da natureza de significado ético, penalizando, deste modo, o diálogo entre a apreciação estética e a ação. No entanto, a nosso ver, a dimensão sensitiva do apreciante aqui retratada, constitui uma valiosa perspetiva sobre a multidimensionalidade da experiência estética da natureza e, logo, um contributo fundamental que deve ser integrado e afirmado na correlação entre a estética e a ética ambientais.  

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Biografia do Autor

Maria José Varandas , Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa (CFUL), Lisboa, Portugal.

Doutoramento e mestrado em Filosofia, no ramo de especialização de Filosofia da Natureza e do Ambiente, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em Lisboa, Portugal. Licenciatura em Filosofia. Membro Permanente do Centro de Filosofia da FLUL. Presidente da Sociedade de Ética Ambiental (2010-2016) e membro da direção (2016-2021).

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Publicado

2021-12-27

Como Citar

Varandas , M. J. (2021). Incorporação e comprometimento: Pode a via estética de Arnold Berleant dar sentido à ação ambiental?. Veritas (Porto Alegre), 66(1), e41824. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2021.1.41824

Edição

Seção

Estética