Normatividade como estilo de vida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2022.1.41174

Palavras-chave:

Canguilhem, normatividade, epistemologia, estética e estilo

Resumo

Este artigo trata do conceito “normatividade biológica” de Georges Canguilhem, historiador e epistemólogo das ciências da vida, a partir de um cotejo crítico com cientistas e temas cruciais da história das ciências naturais contemporâneas. Pesquisadores como Erwin Schrödinger e François Jacob, entre outros, e temas como ordem, desordem, entropia, neguentropia, catálise e outros. Tal cotejo, além de esclarecer e situar a noção de normatividade, subsidiou uma reflexão a respeito da origem, do regime e do destino da vida, em uma palavra, de sua vitalidade. Como resultado, foi possível sua consideração em uma perspectiva estética. Isso encorajou a aplicação do ponto de vista estético ao fazer humano e às suas consequências sociais e, mais do que isso, encorajou uma expectativa, apenas esboçada, de ação política na condição de desvio e de singularidade, vale dizer, enquanto exercício de um estilo normativo de vida em sociedade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francisco Verardi Bocca, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, PR, Brasil.

Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em Campinas, SP, Brasil. Professor na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba, PR, Brasil.

Referências

BACHELARD, G. La formation de l’esprit scientifique. Contribution à une psychanalyse de la conaissance objective. Paris: J. Vrin, 1967.

BERGSON, H. L´évolution créatice. Paris: PUF, 2008.

BOLTZMANN, L. The second law thermodynamics. In: BOLTZMANN, L. Theoretical Physis and Philosophical Problems. New York: D. Reidel, 1974.

BRAUNSTEIN, J. F. Canguilhem avant Canguilhem. Revue d`histoire des sciences, [S. l.], t. 53, n. 1, 9-26, 2000.

CANGUILHEM, G. Descartes et la technique. In: CANGUILHEM, G.; BRAUNSTEIN, J.-F.; SCWARTZ, Y. OEuvres complètes. Écrits philosophiques et politiques. Paris: Ed. J. Vrin, 2011. t. I, p. 490-499.

CANGUILHEM, G. Activité technique et création. In: CANGUILHEM, G.; BRAUNSTEIN, J.-F.; SCWARTZ, Y. OEuvres complètes. Écrits philosophiques et politiques. Paris: Ed. J. Vrin, 2011. t. I, p. 499-511.

CANGUILHEM, G. Traité de logique et moral (Déterminisme, prévision et probabilité). In: CANGUILHEM, G.; BRAUNSTEIN, J.-F.; SCWARTZ, Y. OEuvres Complètes. Paris: Ed. J. Vrin, 2011. t. I.

CANGUILHEM, G. Le vivant et son milieu. In: CANGUILHEM, G. La connaissance de la vie. Paris: Ed. J. Vrin, 1971. p. 129-154.

CANGUILHEM, G. Le problème des régulations dans l’organisme et dans la société. In: Écrits sur la médecine. Paris: Seuil, 2002. p. 101-125.

CANGUILHEM, G. Dialectique et philosophie du non chez Gaston Bachelard. In: Études d´histoire et de philosophie des sciences concernant les vivants et la vie. Paris: Ed. J. Vrin, 2002, p. 196-210.

CANGUILHEM, G. c. In: CANGUILHEM, G.; BRAUNSTEIN, J.-F.; SCWARTZ, Y. OEuvres Complètes IV. Paris: Ed. J. Vrin, 2015. p. 1143-1147.

CANGUILHEM, G. Le normal et le pathologique. Paris: PUF, 2013.

CANGUILHEM, G. Du concept scientifique à la réflexion philosophique. In: CANGUILHEM, G.; BRAUNSTEIN, J.-F.; SCWARTZ, Y. OEuvres Complètes V. Paris: Ed. J. Vrin, 2018. p. 89-134.

CANGUILHEM, G. Logique du vivant et histoire de la biologie. SCIENCES, Revue de la civilisation scientifique, Paris, p. 20-28,

DELEUZE. G. (1966) Bergsonismo. São Paulo: Ed. 34, 1999.

DONATO, E. Georges Canguilhem: a literatura e a vida. In: ARMILIATO, V.; BOCCA, F. V. Um lugar para o singular. Georges Canguilhem em perspectiva. Curitiba: Ed. CRV, 2020. p. 233-266.

JACOB, F. Le jeu des possibles. Paris: Ed. Fayard, 1981.

KAUFFMAN, S. A. O que é vida? Schrödinger estava certo? In: MURPHY, Michel P.; O`NEILL, Luke A. J. O que é vida? 50 anos depois. Especulações sobre o futuro da biologia. São Paulo: Ed. Unesp, 1997b. p. 101-136.

LALANDE, A. La dissolution opposée à l`évolution dans les sciences physiques et morales. Paris: Alcan, 1899.

LWOFF. André. L´ordre biologique. Paris: Ed. R. Laffont, 1969.

MONOD, J. Le hasard et la nécessité. Paris: Ed. du Seuil, 1970.

ROTH, X. Le jeune Canguilhem, lecteur de Bergson (1927-1939). Dialogue Revue Canadienne de philosophie, [S. l.], v. 52, p. 625-647, 2013.

SCHRÖDINGER, E. (1944) O que é vida? São Paulo: Ed. Unesp, 1997.

SCHNEIDER, E. D.; KAY, J. J. Ordem a partir da desordem: a termodinâmica da complexidade biológica. In: MURPHY, Michel P.; O`NEILL, Luke A. J. O que é vida? 50 anos depois. Especulações sobre o futuro da biologia. São Paulo: Ed. Unesp, 1997a. p. 187-202.

Downloads

Publicado

2022-11-21

Como Citar

Bocca, F. V. (2022). Normatividade como estilo de vida. Veritas (Porto Alegre), 67(1), e41174. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2022.1.41174

Edição

Seção

Epistemologia & Filosofia da Linguagem