Entre a morte e a vida da ação
Meditações sobre o que se pode aprender com uma filosofia de náufrago
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2020.3.37333Palavras-chave:
Filosofia como tarefa, Fenômeno da metafísica, Maurice BlondelResumo
Escrevia Maurice Blondel em 1906: “Há muito tempo Platão e Spinoza disseram: ‘a filosofia é a aprendizagem da morte’, ou seja, é a antecipação da vida, da vida que para nós é indivisivelmente conhecimento e ação” (BLONDEL, 1997, p.569). Seguindo uma metodologia dialética e fenomenológica, este trabalho pretende uma aproximação ao significado da filosofia como “aprendizagem da morte” ou “antecipação da vida”, tendo como orientação prioritária o texto da Action (1893) e os dois artigos que compõem Le point de départ de la recherche philosophique (1906). Será explicitada uma caracterização da vida humana como ação e, consequentemente, realização de uma tarefa. Neste ínterim, será elucidada a fenomenologia da ação como a realização da dialética da vontade humana, que deve, ao cabo de um longo processo, colocar o problema “da morte ou vida da ação”, o que corresponderá à própria questão da “morte ou vida da inteligência”, ou melhor, “da vida que para nós é indivisivelmente conhecimento e ação” (BLONDEL, 1997, p. 569).Downloads
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