O conceito de escritura em Derrida e a gramatologia da sua época

Autores

  • Moysés Pinto Neto ULBRA

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2017.2.27656

Palavras-chave:

escritura, gramatologia, Derrida, ciência, interdisciplinaridade.

Resumo

O texto busca explorar a relação entre Da Gramatologia, de Jacques Derrida, e a ciência da sua época. Ele parte de três importantes obras lidas e citadas por Derrida como fontes da sua pesquisa em torno à escritura, Madeleine V-David, André Leroi-Gourhan e a compilação de um Colloque, para explicar o papel da escritura em si mesma no pensamento de Derrida enquanto um sinal do seu materialismo. Para
tanto, em contraste com o uso ordinário do termo “escritura”, busca compreendê-la metonimicamente como inscrição sulcada no real, buscando a partir do debate interdisciplinar de Derrida entender as múltiplas dimensões pelas quais o problema foi pensado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Moysés Pinto Neto, ULBRA

Doutor em Filosofia (PUCRS) e Professor da ULBRA.

Referências

BARING, Edward. The Young Derrida and French Philosophy, 1945-1968. New York: Cambridge University Press, 2011. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511842085

Centre International de Synthèse. L'écriture et la psychologie des peuples. XXII Semaine de Synthèse. Paris: Armand Colin, 1963.

DAVID, Madeleine V. Le débat sur les écritures at l'hiéroglyphe aux XVIIe et XVIIIe siècles – et la application de la notion de déchiffrement aux écritures mortes. Paris: S.E.V.E.N, 1965.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs, v. 1. Trad. Aurélio Guerra e Costa Pinto. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.

DERRIDA, Jacques. “Introduction”. In: Husserl, E. L'Origine de la géométrie. Paris: PUF, 1962.

______. A Escritura e a Diferença. Trad. Maria B. M. Nizza da Silva et al. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.

______. Gramatologia. Trad. Miriam Chnaiderman e Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Perspectiva, 2004.

______. De la Grammatologie. Paris: éditions de Minuit, 1967.

______. A Farmácia de Platão. Trad. Rogério Costa. São Paulo: Iluminuras, 2005.

______. Posições. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

DERRIDA, Jacques; STIEGLER, Bernard. Echographies of Television. Trad. Jennifer Bajorek. Polity, 2002.

DUQUE-ESTRADA, Paulo César. “Derrida e a escritura”. In: Às margens: a propósito de Derrida. Rio de Janeiro: PUC-Rio/Loyola, 2002.

HÄGGLUND, Martin. Radical Atheism: Derrida and the time of life. Stanford: Stanford University Press, 2008. DOI: https://doi.org/10.1515/9780804779753

JOHNSON, Christopher. System and Writing in the philosophy of Jacques Derrida. Cambridge: Cambridge University Press, 1993. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511553950

______. “The cybernetic imaginary”. In: Reading Derrida's Of Grammatology. Ed. Sean Gaston e Ian Maclachlan. London: Continuum, 2011.

______. Derrida: a cena da escritura. São Paulo: Editora UNESP, 2001.

KIRBY, Vicki. “Tracing life: 'la vie la mort’”. The new continental review, 9, 1 (2009), p. 107-126. DOI: https://doi.org/10.1353/ncr.0.0059

______. “Original science: nature deconstructing itself”. Derrida Today, 3, 2 (2010). DOI: https://doi.org/10.3366/drt.2010.0204

LEROI-GOURHAN, Andre. O gesto e a palavra, v. I – Técnica e linguagem. Porto: Edições 70, 1983.

_____. O gesto e a palavra, v. II – Memória e ritmos. Porto: Edições 70, 1983.

LOBO, Rafael Haddock. Derrida e o labirinto de inscrições. Porto Alegre: Zouk, 2008.

MALABOU, Catherine. La plasticité au soir de l'écriture: dialetique, destruction, déconstruction. Paris: Éditions Léo Scheer, 2005.

PEETERS, Benoît. Derrida. Trad. André Telles. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

PINTO NETO, Moysés. A escritura da natureza: Derrida e o materialismo experimental. Tese de Doutorado defendida no PPG Filosofia da PUCRS. Porto Alegre, 2013.

____ . “Bernard Stiegler: pensador da tecnologia e do humano”. Dois Pontos, UFPR, 12 (2015). DOI: https://doi.org/10.5380/dp.v12i1.36813

____. “Nós fora de nós: Derrida, Stiegler e os sistemas de cognição estendida”. Sapere Aude, 4, 7 (2012).

RODRIGUES, Carla. “Kafka, Benjamin e Derrida: diante da lei”. Terceira Margem, 28 (jul./dez. 2013).

STADEN, Henri. “Writing: empirical, transcendental, ultratranscendental”. CR: The New Centennial Review, 9, 1 (Spring 2009). DOI: https://doi.org/10.1353/ncr.0.0055

STIEGLER, Bernard. Technics and time, v. 1 – The fault of Epimetheus. Trad. Richard Beardworth and George Collins. Stanford: Stanford University Press, 1998. DOI: https://doi.org/10.1515/9781503616738

______. Technics and Time, v. 2 – Disorientation. Trad. Stephen Barker. Stanford: Stanford University Press, 2009.

WOLFREYS, Julian. Compreender Derrida. Rio de Janeiro: Vozes, 2007.

Downloads

Publicado

2017-10-26

Como Citar

Neto, M. P. (2017). O conceito de escritura em Derrida e a gramatologia da sua época. Veritas (Porto Alegre), 62(2), 308–329. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2017.2.27656

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)