Crescimento pôndero-estatural de crianças e adolescentes submetidos à adenoamigdalectomia
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2021.1.39746Palavras-chave:
adenoidectomia, adenoamigdalectomia, tonsilectomia, crescimento pôndero-estatural, avaliação de resultado de intervenções terapêuticasResumo
Objetivo: documentar de forma sistemática o padrão de desenvolvimento pôndero-estatural de pacientes submetidos à adenoamigdalectomia.
Métodos: coleta de dados secundários dos prontuários de pacientes atendidos no ambulatório de Otorrinolaringologia Pediátrica, antes e depois da cirurgia de adenoamigdalectomia.
Resultados: de forma individual, os pacientes apresentaram elevação no escore Z e percentis das variáveis ao peso e a altura no período entre as análises. Especificamente em relação ao peso, a média antes do procedimento e quatro meses depois do procedimento foi, respectivamente, de 29,1 kg e 32,8 kg; no que diz respeito à altura, a média foi de 1,22 m e 1,25 m, respectivamente. Ao aplicar oTeste T de Student foi possível notar significância estatística para ambas asvariáveis em estudo. Aspecto não percebido ao avaliar os indivíduos reunidos em grupos etários (pré-escolares, escolares e adolescentes).
Conclusões: as crianças submetidas à adenoamigdalectomia apresentaram ganho pôndero-estaturalapós a cirurgia. A atuação cirúrgica diante do diagnóstico da hipertrofia e da hiperplasia das amígdalas e tonsila faríngea deve ser precoce, desde que haja indicação formal, a fim de evitar a manutenção do atraso no crescimento nesses pacientes.
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