Panorama da obesidade em crianças brasileiras cadastradas no SISVAN

Análise de uma década

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2021.1.39535

Palavras-chave:

obesidade infantil, Brasil, sistemas de informação

Resumo

Objetivo: verificar a evolução da obesidade em crianças de zero a dez anos cadastradas no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional no período de 2008 a 2018 em diferentes regiões do Brasil e em sua totalidade.
Métodos: estudo de abordagem quantitativa do tipo ecológico, desenvolvido com dados secundários de domínio público e de livre acesso no meio eletrônico. Foram coletados percentuais e calculada média e intervalo de confiança do indicador Índice de Massa Corporal/idade em crianças de zero a dez anos, de ambos os sexos no período de 2008 a 2018 para os estratos regionais (regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul) e nacional (Brasil).
Resultados: a obesidade apresentou valores maiores nas regiões Nordeste e Sul para a faixa etária de zero a cinco anos incompletos e de cinco a dez anos incompletos, respectivamente. Na sua totalidade, a Região Nordeste volta a ser destaque com maiores percentuais de obesidade e diferindo-se estatisticamente (p>0,0001) da Região Norte com valores menores.
Conclusão: a análise do panorama apontou para o aumento da obesidade nas diferentes regiões do Brasil em crianças, fato que deve ser considerado importante na esfera pública para a formulação de políticas eficientes para essa população.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nahyara Bizarro Porto, Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Itajaí, SC, Brasil.

Estudante no Curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Itajaí, SC, Brasil.

Tatiana Mezadri, Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Itajaí, SC, Brasil.

Doutora pela Universidade de Sevilha (Espanha) com equivalência em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); professora da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Itajaí, SC, Brasil.

Gabrielle de Ávila de Oliveira , Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Itajaí, SC, Brasil.

Mestranda no Programa de Mestrado em Saúde e Gestão do Trabalho da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Itajaí, SC, Brasil.

Luciane Peter Grillo, Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Itajaí, SC, Brasil.

Pós-doutora em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas; Doutora em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo; Professora da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Itajaí, SC, Brasil.

Referências

World Health Organization. Global strategy on diet, physical activity and health: childhood overweight and obesity [Internet]. WHO Library Cataloguing-in-Publication Data; 2016 [citado em 10 set. 2020]. Disponível em: https://www.who.int/dietphysicalactivity/strategy/eb11344/strategy_english_web.pdf

Swinburn B, Kraak V, Rutter H. Strengthening of accountability systems to create healthy food environments and reduce global obesity. The Lancet. 2015;385(9986):2534-45. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(14)61747-5

Organização Pan-americana de Saúde. Países das Américas definem próximos passos para o enfrentamento da epidemia de obesidade infantil [Internet]; 6 jun. 2019 [citado em 10 set. 2020]. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2019/06/1675181

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa de orçamento familiar 2008-2009: antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. IBGE; 2010 [citado em 20 set. 2020]. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv45419.pdf

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes brasileiras de obesidade 2016 [Internet]. São Paulo: ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica; 2016 [citado em 20 set. 2020]. Disponível em: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Marco de referência da vigilância alimentar e nutricional na atenção básica [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2015 [citado em 1 out. 2020]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/marco_referencia_vigilancia_alimentar.pdf

Moreira M, et al. Overweight and associated factors in children from northeasten Brazil. J. Pediatr. 2012; 88(4):347-52. http://dx.doi.org/10.2223/JPED.2203

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual operacional para uso do sistema de vigilância alimentar e nutricional - SISVAN versão 3.0. Versão preliminar [Internet]. Brasília; 2017 [citado em 5 out. 2020]. Disponível em: http://sisaps.saude.gov.br/sisvan/public/file/ManualDoSisvan.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2011 [citado em 10 ago. 2021]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf

World Health Organization. Child growth standards: Length/height-for-age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height and body mass index-for-age. Methods and development [Internet]. WHO (nonserial publication). Geneva, Switzerland: WHO; 2006 [citado em 10 ago. 2021]. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/924154693X

Souza EB. Transição nutricional no Brasil: análise dos principais fatores. Cadernos Unifoa 2010; 13(5):49-53. https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v5i13.1025

Silva JEF, Giorgetti SK, Colosio RC. Obesidade e sedentarismo como fatores de risco para doenças cardiovasculares em crianças e adolescentes de escolas públicas de Maringá, PR. Saud Pesq. 2009; 2(1):41-51. [citado em 15 ago. 2021]. Disponível em: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/868

Wolf MR, Barros Filho AA. Estado nutricional dos beneficiários do Programa Bolsa Família no Brasil - uma revisão sistemática. Ciênc Saúde Coletiva 2014; 19(5):1331-8. https://doi.org/10.1590/1413-81232014195.05052013

Santos FPC, Vitta FCF, Conti MHS, Marta SN, Gatti MAN, Simeão SFAP, Vitta A. Nutritional condition of children who benefit from the “Bolsa Família” programme in a city of northwestern, São Paulo state, Brazil J Hum Growth Dev. 2015; 25(3):313-8. http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.106003

Pelegrini A, Silva DAS, Petroski EL, Gaya ACA. Sobrepeso e obesidade em escolares brasileiros de sete a nove anos: dados do projeto Esporte Brasil. Rev Paul de Pediat [online]. 2010;28(3): 290-5. https://doi.org/10.1590/S0103-05822010000300006

Kaur H, Choi WS, Mayo MS, Harris KJ. Duration of television watching is associated with increased body mass index. J Pediatr. 2003; 143:506-11. https://doi.org/10.1067/S0022-3476(03)00418-9

Sociedade Brasileira de Pediatria – Departamento de Nutrologia Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia. 3. ed. – São Paulo: SBP. 2019. 236 p. [citado em 20 ago. 2021]. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_-_3a_Ed_web_compressed.pdf

Guimarães J, Santos M, Fraga AS, Araújo TB, Tenório MCC. Fator de risco cardiovascular: a obesidade entre crianças e adolescentes nas macrorregiões brasileiras. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento 2018; 12(69):132-42. [citado em 20 ago. 2021]. Disponível em: http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/670/517.

Downloads

Publicado

2021-10-29

Como Citar

Porto, N. B., Mezadri, T., Oliveira , G. de Ávila de, & Grillo, L. P. (2021). Panorama da obesidade em crianças brasileiras cadastradas no SISVAN: Análise de uma década. Scientia Medica, 31(1), e39535. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2021.1.39535

Edição

Seção

Artigos Originais