Enteroparasitosis in patients attended by the health public service: epidemiology and spatial distribution

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2020.1.34764

Palavras-chave:

Epidemiology, geographic mapping, helminthiasis, neglected diseases, parasitic diseases, protozoan infections, sanitation.

Resumo

Aims: This research aims to determine the epidemiology and the spatial distribution of intestinal parasitosis in the city of Teresina, Brazil.


Methods: A cross-sectional study was carried out based on the data of parasitological fecal exams performed in the Laboratory Raul Bacelar between January, 2014 and July, 2017. In addition to the prevalence of intestinal parasitosis and polyparasitism, we verified the association of these diseases with gender, zone and period of the year by means of the chi-squared test, whereas the relation with age was analyzed by the Mann-Kendall tests and multiple comparisons of age classes. The spatial distribution was performed using the QGIS georeferencing software.


Results: The prevalence of enteroparasitosis in Teresina was 17.8% with Ascaris lumbricoides being the most common species. The prevalence of individuals with polyparasitism was 3.1%, in which an association between the species Entamoeba coli and Entamoeba histolytica/dispar was found. There was no relation between intestinal parasitosis with gender, but we verified that individuals in rural areas were more susceptible to these diseases. The species Ascaris lumbricoides and Entamoeba histolytica/dispar occured more frequently in the first and second semester, respectively. We observed that there was an apparent tendency to increase cases of Entamoeba histolytica/dispar and reduction of cases of Giardia sp. according to aging. Mapping intestinal parasitosis showed us that there was a prevalence between 1 and 20% in most of Teresina’s neighborhoods, and Ascariasis embodies at least 40% of cases of enteroparasitosis in these neighborhoods.


Conclusions: Investments in basic sanitation and new epidemiological investigations must be carried out to control intestinal parasitosis in Teresina, emphasizing that children and the elderly should be considered priority groups in these programs.

***Enteroparasitoses em pacientes atendidos pelo serviço público de saúde: epidemiologia e distribuição espacial***

Objetivo: Determinar a epidemiologia e a distribuição espacial das parasitoses intestinais no município de Teresina, Brasil.

Métodos: Foi realizado um estudo transversal com base nos resultados dos exames parasitológicos de fezes executados no laboratório Raul Bacelar, entre janeiro de 2014 e julho de 2017. Além da prevalência de parasitoses intestinais e de poliparasitismo, verificou-se a associação destas doenças com sexo, zona e período do ano, por meio do teste do qui-quadrado, enquanto a relação com a idade foi analisada pelos testes de Mann-Kendall e comparações múltiplas de faixas etárias. A distribuição espacial foi realizada utilizando o software de georreferenciamento QGIS.


Resultados: A prevalência de enteroparasitoses em Teresina foi de 17,8%, sendo Ascaris lumbricoides a espécie mais comum. A prevalência de indivíduos com  poliparasitismo foi de 3,1%, na qual foi encontrada uma associação entre as espécies Entamoeba colie Entamoeba histolytica/dispar. Não houve relação entre parasitoses intestinais e sexo, mas verificou-se que indivíduos na zona rural foram mais suscetíveis a essas doenças. As espécies Ascaris lumbricoides e Entamoeba histolytica/dispar ocorreram com maior frequência, respectivamente, no primeiro e no segundo semestre. Observou-se que houve aparente tendência de aumento de casos de E. histolytica/dispar e de redução de casos de Giardia sp. de acordo com o envelhecimento. O mapeamento das parasitoses intestinais demostrou que houve uma prevalência entre 1 e 20% na maioria dos bairros de Teresina, e a ascaridíase representou pelo menos 40% dos casos de enteroparasitose nesses bairros.

Conclusões: Investimentos em saneamento básico e novas investigações epidemiológicas devem ser realizados para o controle das parasitoses intestinais em Teresina, enfatizando que crianças e idosos devem ser considerados grupos prioritários nessas ações.

Palavras-chave: Epidemiologia; mapeamento geográfico; helmintíase; doenças negligenciadas; doenças parasitárias; infecções por protozoários; saneamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Pereira EBS, Rodrigues SLC, Bahia-de-Oliveira GH, Coelho SVB, Barata RA. Detection of intestinal parasites in the environments of a public school in the town of Diamantina, Minas Gerais State, Brazil. Rev Inst Med Trop Sao Paulo. 2016; 58:51. http://dx.doi.org/10.1590/S1678-9946201658051.

Fonseca ES, Carvalho GLX, Nicolato RLC, Machado-Coelho GLL, Moura ACM. Análise espacial dos casos de enteroparasitas em Ouro Preto, entre 1995 e 2000. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde. 2010; 6(10):28-34.

Braz AS, Andrade CAF, Mota LMH, Lima CMBL. Recomendações da Sociedade Brasileira de Reumatologia sobre diagnóstico e tratamento das parasitoses intestinais em pacientes com doenças reumáticas autoimunes. Rev Bras Reumatol. 2015; 55(4):368-80. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2014.10.010.

Santos SA, Merlini LS. Prevalência de enteroparasitoses na população do município de Maria Helena, Paraná. Cien Saude Colet. 2010; 15(3):899-905. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232010000300033.

Choi B, Kim B. Prevalence and risk factors of intestinal parasite infection among schoolchildren in the peripheral highland regions of Huanuco, Peru. Osong Public Health Res Perspect. 2017; 8(5):302-7. https://doi.org/10.24171/j.phrp.2017.8.5.03.

Jeske S, Bianchi TF, Moura MQ, Baccega B, Pinto NB, Berne MEA, Villela MM. Intestinal parasites in cancer patients in the South of Brazil. Braz. J. Biol. 2018; 78(3):574-578. http://dx.doi.org/10.1590/1519-6984.175364.

Gil FF, Busatti HGNO, Cruz VL, Santos JFG, Gomes MA. High prevalence of enteroparasitosis in urban slums of Belo Horizonte-Brazil. Presence of enteroparasites as a risk factor in the family group. Pathog Glob Health. 2013; 107(6):320-4. https://doi.org/10.1179/2047773213Y.0000000107.

Andrade EC, Leite ICG, Rodrigues VO, Cesca MG. Parasitoses intestinais: uma revisão sobre seus aspectos sociais, epidemiológicos, clínicos e terapêuticos. Rev APS. 2010; 13(2):231-40.

Belo VS, Oliveira RB, Fernandes PC, Nascimento BWL, Fernandes FV, Castro CLF, Santos WB, Silva ES. Fatores associados à ocorrência de parasitoses intestinais em uma população de crianças e adolescentes. Rev Paul Pediatr. 2012; 30(2):195-201. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-05822012000200007.

Sinniah B, Hassan AKR, Sabaridah I, Soe MM, Ibrahim Z, Ali O. Prevalence of intestinal parasitic infections among communities living in different habitats and its comparison with one hundred and one studies conducted over the past 42 years (1970 to 2013) in Malaysia. Trop Biomed. 2014; 31(2):190-206.

Maia CVA, Hassun IC, Valladares GS. Fatores sociossanitários e parasitoses intestinais em Limoeiro do Norte, CE. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde. 2014; 10(19):50-64.

Gelaw A, Anagaw B, Nigussie B, Silesh B, Yirga A, Alem M, Endris M, Gelaw B. Prevalence of intestinal parasitic infections and risk factors among schoolchildren at the University of Gondar Community School, Northwest Ethiopia: a cross-sectional study. BMC Public Health. 2013; 13:304. https://doi.org/10.1186/1471-2458-13-304.

Secretaria Municipal de Planejamento – Teresina. Caracterização do Município [Internet]. Teresina; 2016 [cited 2018 June 30]. Available from: http://semplan.teresina.pi.gov.br/wp-content/uploads/2016/08/TERESINA-Caracterização-do-Município.pdf

Fundação Municipal de Saúde de Teresina – FMS. Laboratório Raul Bacelar - Fundação Municipal de Saúde de Teresina – FMS [Internet]. Teresina; 2015 [cited 2018 June 30]. Available from: http://fms.teresina.pi.gov.br/laboratorio-raul-bacelar/

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua [Internet]. Brasília; 2017 [cited 2018 July 18]. Available from: https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/trabalho/17270-pnad-continua.html?edicao=20915&t=resultados/

Moser W, Schindler C, Keiser J. Efficacy of recommended drugs against soil transmitted helminths: systematic review and network meta-analysis. BMJ. 2017; 358(J4307):1-10. https://doi.org/10.1136/bmj.j4307.

Furtado LFV, Melo ACFL. Prevalência e aspectos epidemiológicos de enteroparasitoses na população geronte de Parnaíba, Estado do Piauí. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2011; 44(4):513-515. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822011000400023.

Dold C, Holland CV. Ascaris and ascariasis. Microbes and Infection. 2011; 13(7):632-637. https://doi.org/10.1016/j.micinf.2010.09.012.

Garcia LS. Practical guide to diagnostic parasitology. 2nd ed. Washinghton, DC: American Society for Microbiology; 2009.

Mabaso MLH, Appleton CC, Hughes JC, Gouws E. The effects of soil type and climate on hookworm (Necator americanus) distribution in KwaZulu-Natal, South Africa. Tropical Medicine and International Health. 2003; 8(8):722-727. https://doi.org/10.1046/j.1365-3156.2003.01086.x.

Silva MCM, Monteiro CSP, Araújo BAV, Silva JV, Póvoa MM. Determinação da infecção por Entamoeba histolytica em residentes da área metropolitana de Belém, Pará, Brasil, utilizando ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de antígenos. Cad. Saúde Pública. 2005; 21(3):969-973. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2005000300033.

Schüle SA, Clowes P, Kroid I, Kowuor DO, Nsojo A, Mangu C, Riess H, Geldmacher C, Laubender RP, Mhina S, Maboko L, Löscher T, Hoelscher M, Saathoff E. Ascaris lumbricoides Infection and Its Relation to Environmental Factors in the Mbeya Region of Tanzania, a Cross-Sectional, Population-Based Study. Plos One. 2014; 9(3):1-10. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0092032.

Jaran AS. Prevalence and seasonal variation of human intestinal parasites in patients attending hospital with abdominal symptoms in northern Jordan. Eastern Mediterranean Health Journal. 2016; 22(10):756-760.

Praharaj I, Sarkar R, Ajjampur SSR, Roy S, Kang G. Temporal trends of intestinal parasites in patients attending a tertiary care hospital in south India: A seven-year retrospective analysis. Indian J Med Res. 2017; 146(1):111-120. https://dx.doi.org/10.4103/ijmr.IJMR_1236_14.

Hanevik K, Kristoffersen E, Svard S, Bruserud O, Ringqvist E, Sernes S, Langeland N. Human Cellular Immune Response Against Giardia lamblia 5 Years After Acute Giardiasis. The Journal of Infectious Diseases. 2011; 204(11):1779-1786. https://doi.org/10.1093/infdis/jir639.

Lechner CL, Komander K, Hegewald J, Huang X, Gantin RG, Soboslay PT, Agossou A, Banla M, Köhler C. Cytokine and chemokine responses to helminth and protozoan parasites and to fungus and mite allergens in neonates, children, adults, and the elderly. Immunity & Ageing. 2013; 10(29):1-10. https://doi.org/10.1186/1742-4933-10-29.

Santos PHS, Barros RCS, Gomes KVG, Nery AA, Casotti CA. Prevalência de parasitoses intestinais e fatores associados em idosos. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. 2017; 20(2):244-254. http://dx.doi.org/10.1590/1981-22562017020.160137.

Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS. TabNet Win32 3.0: Morbidade Hospitalar do SUS - por local de residência – Piauí [Internet]. Brasília; 2018 [cited 2018 July 22]. Available from: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/nrpi.def

Faust DM, Guillen N. Virulence and virulence factors in Entamoeba histolytica, the agent of human amoebiasis. Microbes and Infection. 2012; 14(15):1428-1441. https://doi.org/10.1016/j.micinf.2012.05.013.

Downloads

Publicado

2020-03-25

Como Citar

Ibiapina, A. B., Leal, J. S., Santana, P. R. A. de, Mesquita, M. R., Lopes, T. L. da C., & Braz, D. C. (2020). Enteroparasitosis in patients attended by the health public service: epidemiology and spatial distribution. Scientia Medica, 30(1), e34764. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2020.1.34764

Edição

Seção

Artigos Originais