Influência da preocupação com quedas na mobilidade e na força de reação do solo em idosas durante descida de escada

Autores

  • Danilo de Oliveira Silva Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (FCT-UNESP) Laboratório de Biomecânica e Controle Motor.
  • Marcella Ferraz Pazzinatto Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (FCT-UNESP) Laboratório de Biomecânica e Controle Motor.
  • Maíra Caroline Oliveira Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Fernando Amâncio Aragão Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Carlos Eduardo Albuquerque Universidade Estadual do Oeste do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2014.4.18539

Palavras-chave:

IDOSO, CINÉTICA, LOCOMOÇÃO, MEDO, QUESTIONÁRIOS.

Resumo

OBJETIVOS: Verificar a diferença entre idosas com e sem preocupação com quedas na mobilidade e na força vertical de reação do solo durante a descida de escada.

MÉTODOS: O estudo incluiu idosas atendidas pelo Centro de Reabilitação Física da Universidade Estadual do Oeste do Paraná com idade entre 60 e 75 anos, sem doenças neurológicas e cardiovasculares que acarretassem risco pelas atividades do estudo. Foram excluídas também idosas com órteses para locomoção, doenças osteoarticulares ou cirurgias de membros inferiores e histórico de queda. As participantes foram divididas em dois grupos, com e sem preocupação com quedas em atividades diárias, identificados pela Falls Efficacy Scale International traduzida para o português. Para avaliação da mobilidade, todas as voluntárias realizaram o teste Timed Up and Go. A força de reação do solo foi avaliada em cinco descidas de escada para coleta dos dados cinéticos (primeiro pico da força vertical de reação do solo) através de uma plataforma de força alocada no quarto degrau de uma escada de sete degraus. Após ser confirmada a normalidade dos dados, o teste t de Student para amostras independentes foi utilizado para comparação entre os grupos.

RESULTADOS: A amostra foi composta por dezessete idosas sem preocupação com quedas (idade de 66,57±4,1 anos) e dezesseis idosas com preocupação com quedas (idade de 66,67±5,8 anos). O grupo sem preocupação com quedas desempenhou o teste Timed Up and Go de forma mais veloz (9,71±1,02 segundos) comparado ao grupo preocupação com quedas (11,5±1,04 segundos) (p=0,008). Não houve diferença entre os grupos para o primeiro pico da força de reação do solo vertical (p=0,66).

CONCLUSÕES: Idosas com preocupação com queda apresentaram menor desempenho no teste funcional do que idosas com ausência dessa preocupação. Entretanto, não houve diferença entre os grupos quanto à variável cinética.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Mello PMS, Silva AA, Gonçalves PP, Santos NLR, Toledano M, Mendes PW, Maciel MHC, Franzoi AC. Tradução, adaptação cultural e validação de uma escala para aferir limitação da atividade de subir e descer escadas. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2013 Set;16(3):433–41.

Lopes KT, Costa DF, Santos LF, Castro DP, Bastone AC. Prevalência do medo de cair em uma população de idosos da comunidade e sua correlação com mobilidade , equilíbrio dinâmico , risco e histórico de quedas. Rev Bras Fisioter. 2009;13(3):223–9.

Nunes BP, de Oliveira Saes M, Siqueira FV, Tomasi E, Silva SM, da Silveira DS, Soares MU, Facchini LA, Thumé E. Falls and self-assessment of eyesight among elderly people: a population-based study in a south Brazilian municipality. Arch Gerontol Geriatr. 2014 Jul-Aug;59(1):131-5.

Lee CW, Cho GH. Effect of stationary cycle exercise on gait and balance of elderly women. J Phys Ther Sci. 2014 Mar;26(3):431-3.

Startzell JK, Owens DA, Mulfinger LM, Cavanagh PR. Stair negotiation in older people: a review. J Am Geriatr Soc. 2000 May;48(5):567-80.

Nardi EDFR, Oliveira MLF. Significado de cuidar de idosos dependentes na perspectiva do cuidador familiar. Cienc Cuid Saúde. 2009 Dez;8(3):428–35.

Sheehan RC, Gottschall JS. At similar angles, slope walking has a greater fall risk than stair walking. Appl Ergon. 2012 May;43(3):473-8.

Tiedemann AC, Sherrington C, Lord SR. Physical and psychological factors associated with stair negotiation performance in older people. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2007 Nov;62(11):1259-65.

Bretan O, Silva Júnior JE, Ribeiro OR, Corrente JE. Risk of falling among elderly persons living in the community: assessment by the Timed up and go test. Braz J Otorhinolaryngol. 2013 Jan-Feb;79(1):18-21.

Carli JVM, Bohrer RCD, Lodovico A, Rodacki ALF. Kinetic analysis of floor-to-stair transition gait of elderly with different functional levels. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2014;16(1):66–75.

Legters K. Fear of falling. Phys Ther. 2002 Mar;82(3):264-72.

Chantanachai T, Pichaiyongwongdee S, Jalayondeja C. Fall prediction in thai elderly with timed up and go and tandem walk test: a cross-sectional study. J Med Assoc Thai. 2014 Jul;97 Suppl 7:S21-5.

Soto-Varela A, Faraldo-García A, Rossi-Izquierdo M, Lirola-Delgado A, Vaamonde-Sánchez-Andrade I, Del-Río-Valeiras M, Gayoso-Diz P, Santos-Pérez S. Can we predict the risk of falls in elderly patients with instability ? Auris Nasus Larynx. 2014 Sep 3. pii: S0385-8146(14)00117-5.

Thanthrige RS, Dassanayake S, Dissanayake D. Relationship between increased risk of falling and cognitive impairment in residents of an elderly home in the Colombo district. Ceylon Med J. 2014 Mar;59(1):21-3.

Christina KA, Cavanagh PR. Ground reaction forces and frictional demands during stair descent: effects of age and illumination. Gait Posture. 2002 Apr;15(2):153-8.

Lee HJ, Chou LS. Balance control during stair negotiation in older adults. J Biomech. 2007;40(11):2530-6.

Zatsiorsky VM. Kinetics of human motion. Champaign: Human Kinetics; 2002.

Milner CE, Hamill J, Davis I. Are knee mechanics during early stance related to tibial stress fracture in runners? Clin Biomech (Bristol, Avon). 2007 Jul;22(6):697-703.

Camargos FFO, Dias RC, Dias JMD, Freire MTF. Adaptação transcultural e avaliação das propriedades psicométricas da Falls Efficacy Scale – International em idosos brasileiros (FES-I-BRASIL). Rev Bras Fisioter. 2010;14(3):237–43.

Gervais T, Burling N, Krull J, Lugg C, Lung M, Straus S, Jaglal S, Sibley KM. Understanding approaches to balance assessment in physical therapy practice for elderly inpatients of a rehabilitation hospital. Physiother Can. 2014 Winter;66(1):6-14.

Podsiadlo D, Richardson S. The timed "Up & Go": a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc. 1991 Feb;39(2):142-8.

Yu B, Kienbacher T, Growney ES, Johnson ME, An KN. Reproducibility of the kinematics and kinetics of the lower extremity during normal stair-climbing. J Orthop Res. 1997 May;15(3):348-52.

Winter D. Biomechanics and motor control of human movement. 4th ed. Hoboken: John Wiley & Sons; 2009.

Hardt J, Benjanuvatra N, Blanksby B. Do footedness and strength asymmetry relate to the dominant stance in swimming track start? J Sports Sci. 2009 Sep;27(11):1221-7.

Dias RC, Freire MTF, Santos ÉGS, Vieira RA, Dias JMD, Perracini MR. Características associadas à restrição de atividades por medo de cair em idosos comunitários. Rev Bras Fisioter. 2011;15(5):406–13.

Paquette MR, Zhang S, Milner CE, Fairbrother JT, Reinbolt JA. Effects of increased step width on frontal plane knee biomechanics in healthy older adults during stair descent. Knee. 2014 Aug;21(4):821-6.

Buckley JG, Cooper G, Maganaris CN, Reeves ND. Is stair descent in the elderly associated with periods of high centre of mass downward accelerations? Exp Gerontol. 2013 Feb;48(2):283-9.

Bertucco M, Cesari P. Dimensional analysis and ground reaction forces for stair climbing: effects of age and task difficulty. Gait Posture. 2009 Feb;29(2):326-31.

Downloads

Publicado

2015-01-18

Como Citar

Silva, D. de O., Pazzinatto, M. F., Oliveira, M. C., Aragão, F. A., & Albuquerque, C. E. (2015). Influência da preocupação com quedas na mobilidade e na força de reação do solo em idosas durante descida de escada. Scientia Medica, 24(4), 361–367. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2014.4.18539

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)