Pesquisa clínica com o Toque Terapêutico: uma revisão sistemática

Autores

  • André Luiz Thomaz de Souza Mestrando em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL/MG
  • Bárbara de Oliveira Prado Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas-MG
  • Roberta de Paiva Silva Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas-MG
  • Érika de Cassia Lopes Chaves Doutora em Enfermagem. Professora na Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas-MG
  • Denise Hollanda Iunes Doutora em Fisioterapia. Professora no Curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas-MG

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2014.4.17327

Palavras-chave:

TOQUE TERAPÊUTICO, ENFERMAGEM, TERAPIAS COMPLEMENTARES, TERAPIAS ALTERNATIVAS

Resumo

OBJETIVOS: Investigar os protocolos utilizados em pesquisas clínicas sobre a modalidade de terapia complementar Toque Terapêutico, especificamente perfil do público alvo, número, tempo e frequência das sessões, bem como as principais evidências encontradas. FONTE DE DADOS: A investigação foi realizada nas bases de dados Medline/PubMed, Lilacs e Biblioteca Cochrane, selecionando estudos com metodologia experimental, publicados no período de 2004 e 2014, nos idiomas português e inglês, por meio dos descritores Toque Terapêutico (Therapeutic Touch), Enfermagem (Nursing) e Terapia Alternativa/Complementar (Alternative/Complementary Therapy). SÍNTESE DOS DADOS: Dentre os oito estudos selecionados, observa-se que as sessões aplicadas variam de três a 28, com duração média entre 15 e 90 minutos. O público alvo vai desde indivíduos saudáveis até pessoas hospitalizadas com queimaduras, em que a maioria dos artigos retrata uma melhora significativa no escore de dor e ansiedade, bem como nos níveis de hemoglobina e hematócrito. CONCLUSÃO: Os artigos demonstraram efeitos positivos quanto ao uso do Toque Terapêutico nas pesquisas clinicas. Entretanto, pela ausência de uma padronização no seu uso, são encontradas dificuldades na replicação dos métodos já estudados e, consequentemente, na validação de um padrão que possa ser utilizado na prática e em outras pesquisas.

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Biografia do Autor

André Luiz Thomaz de Souza, Mestrando em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL/MG

Mestrando em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas (2013) e Bolsista CAPES, atuando na linha de pesquisa: "O processo de cuidar em Enfermagem", no qual desenvolve projeto com uso da medicina vibracional. Graduado em Enfermagem pela Universidade José do Rosário Vellano / UNIFENAS (2011). Possui experiência em pesquisas sobre neoformação e biomecânica óssea frente à desintoxicação alcoólica, bem como, em projetos de extensão universitária e ensino. Atua na linha de pesquisa do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Espiritualidade (GIPE) na Universidade Federal de Alfenas.

Bárbara de Oliveira Prado, Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas-MG

Enfermeira graduada pela Universidade José do Rosário Vellano UNIFENAS. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas UNIFAL, Linha de Pesquisa: materno infantil; Aluna do Curso de Especialização em Formação Pedagógica para Profissionais de Saúde CEFPEPS da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Integrante do Grupo de Pesquisa: Grupo Interdisciplinar em espiritualidade da Universidade Federal de Alfenas UNIFAL. Tutora a distância do curso Técnico em Vigilância em Saúde do Instituto Federal de Minas Gerais.

Roberta de Paiva Silva, Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas-MG

Enfermeira graduada pela Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG; Mestre em Enfermagem pela UNIFAL-MG e Especialista em Enfermagem do Trabalho. Desenvolvimento de pesquisa nas áreas de saúde materno-infantil, espiritualidade/religiosidade, práticas integrativas e uso de álcool e outras drogas.

Érika de Cassia Lopes Chaves, Doutora em Enfermagem. Professora na Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas-MG

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas (1994), especialização em Administração hospitalar e de Serviços de saúde pela Universidade José do Rosário Vellano (1998), Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Alfenas (2002) e Doutorado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP (2008). Pós doutorado, em andamento, pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP. Atualmente é Professora adjunto e Vice diretora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas-MG. Vice coordenadora do Centro de Referência da Unifal/CREFAL que atua na qualificação de profissionais que lidam com os usuários de Crack e outras drogas. Tem experiência na área de Semiologia e Semiotécnica de Enfermgem e desenvolve pesquisa nas áreas: qualidade de vida, humanismo, espiritualidade e diagnósticos de enfermagem. É professora e orientadora do Programa de pós-graduação em Enfermagem (Mestrado) da UNIFAL-MG.

Denise Hollanda Iunes, Doutora em Fisioterapia. Professora no Curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas-MG

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1990), mestrado em Ciencias Morfológicas pela Universidade José do Rosário Vellano (1999), mestrado em Ortopedia e Traumatologia pela Universidade de São Paulo (2005) e doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo/RP (2007). Atualmente é professor adjunto 2 da Universidade Federal de Alfenas. Tem experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com ênfase em Fisioterapia e Terapia Ocupacional, atuando principalmente nos seguintes temas: fotogrametria, prevenção, confiabilidade, podograma e desordem temporomandibular. Professora e orientadora do Programa de pós-graduação em Enfermagem (Mestrado) e Programa de pós-graduação em Biciências da UNIFAL-MG.

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Publicado

2014-09-03

Como Citar

Souza, A. L. T. de, Prado, B. de O., Silva, R. de P., Chaves, Érika de C. L., & Iunes, D. H. (2014). Pesquisa clínica com o Toque Terapêutico: uma revisão sistemática. Scientia Medica, 24(4), 404–410. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2014.4.17327

Edição

Seção

Artigos de Revisão