Engajamento de professores da educação básica

Um estudo longitudinal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2021.1.35002

Palavras-chave:

Engajamento no trabalho, Professores, Educação básica, Estudo longitudinal.

Resumo

 O engajamento no trabalho é um fenômeno processual de elevado prazer do trabalhador com o que produz nas organizações. E, nas últimas décadas, várias pesquisas estudaram seu impacto no trabalho. Este estudo objetivou analisar a flutuação do engajamento ao longo de três etapas, com os mesmos participantes, avaliando as pressões exercidas em momentos de avaliações externas. A amostra constituiu-se de 133 professores da educação básica pública de Goiás. Utilizou-se do método Painel data para estimar os níveis de engajamento, considerando o contexto de pesquisa e a constância de dados em séries temporais. Os resultados evidenciam que o ambiente influencia os níveis de engajamento dos docentes, considerando que estas alterações podem comprometer a saúde docente, pois o desequilíbrio entre os aspectos positivos e negativos colaboram na sua instabilidade emocional. Logo, o artigo discute o contexto e as exigências de trabalho e aprofunda a compreensão sobre o desgaste da energia laboral dos docentes, em cada momento avaliado, contribuindo para possíveis tomadas de decisões.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elisabeth Lemes de Sousa Martins, Secretaria de Estado de Educação (Seduc-GO), Goiânia, GO, Brasil.

Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO), em Goiânia, GO, Brasil; Assessora pedagógica da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-GO), em Goiânia, GO, Brasil.

Helenides Mendonça, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO), Goiânia, GO, Brasil.

Doutora em Psicologia pela Universidade de Brasília (UNB), em Brasília, DF, Brasil; professora titular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO), em Goiânia, GO, Brasil.

Ana Claudia Souza Vazquez,   Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil; Pró-Reitora de Gestão com pessoas da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Referências

Amaral Filho, F. S. (2017). Ética e pesquisa nas Ciências Humanas e Sociais: um caso a ser pensado. Práxis Educativa, 12(1), 257-266. doi.org/10.5212/praxeduc.v.12i1.0014

Bakker, A. B. (2016). Burnout. In A. Wilkinson, & S. Johnstone (Eds.), An Encyclopaedia of Human Resource Management (pp. 36-37). Edward Elgar. https://www.isonderhouden.nl/doc/pdf/arnoldbakker/articles/articles_arnold_bakker_4

Bakker, A. B., & Demerouti, E. (2017). Job Demands – Resources Theory: Taking Stock and Looking Forward. Journal of Occupational, Psychological Association, 22(3), 273-285. https://doi.org/10.1037/ocp0000056

Bakker, A. B., & Albrecht, S. (2018). Work engagement: Current trends. Career Development International, 23, 4 11. https://doi.org/doi: 10.1108/CDI-11-2017-0207

Breevaart, K., & Bakker, A. B. (2018). Daily job demands and employee work engagement: The role of daily transformational leadership behavior. Journal of Occupational Health Psychology, 23(3), 338-349. https://doi.org/10.1037/ocp0000082

Brasil. (2012). Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 De dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, 12 dez. 2012. https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf

Brasil. Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – INEP. http://portal.inep.gov.br/artigo/-/at/politica-nacional-de-avaliacao-e-exames-da-educacao-basica-regulamenta-o-saeb-o-encceja-e-o-enem-apos-a-bncc/21206

Byrne, B. M. (2010). Structural Equation Modeling With AMOS: Basic Concepts, Applications, and Programming. Lawrence Erlbaum Associates. https://trove.nla.gov.au/work/2301646

Dormann, C., & Griffin, M. A. (2015). Optimal time lags in panel studies. Psychological Methods, 20(4), 489-505. https://doi.org/10.1037/met0000041

Field, A. (2013). Descobrindo a estatística usando o SPSS (Tradução de Lori Viali, 2. ed., reimp.). Artmed.

Fredrickson, B. L. (2013). Positive emotions broaden and build. Advances in Experimental Social Psychology, 47, 1-53. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-407236-7.00001-2

Garrick, A. J., Mak, A. S., Cathcart, S., Winwood, P. C., Bakker, A. B., & Lushington, K. (2018). Non-work time activities predicting teachers’ work-related fatigue and engagement: An effort-recovery approach. Australian Psychologist, 53, 243-252. https://doi.org/10.1111/ap.12290

Hakanen, J., & Bakker, A.B. (2017). Born and bred to burn out: A life-course view and reflections on job burnout. Journal of Occupational Health Psychology, 22, 354-364. https://doi.org/10.1037/ocp0000053

Harju, L., & Hakanen, J. J. (2016). An employee who was not there: a study of job boredom in white-collar work. Personnel Review, 45(2), 374-391. https://doi.org/10.1108/PR-05-2015-0125

Kaltiainen, J., Lipponen, J., Fugate, M., & Vakola, M. (2020). Spiraling work engagement and change appraisals: A three-wave longitudinal study during organizational change. Journal of Occupational Health Psychology, 25(4), 244-258. https://doi.org/10.1037/ocp0000163

Lee, T., MacCallum, R. C., & Browne, M. W. (2018). Fungible parameter estimates in structural equation modeling. Psychological Methods, 23(1), 58-75. https://doi.org/10.1037/met0000130

McDonald, R. P., & Ho, M. H. R. (2002). Principles and practice in reporting statistical equation analyses. Psychological Methods, 7(1), 64-82. https://doi.org/10.1037//1082-989X.7.1.64

Provan, Keith G., Sydow, Jorg & Podsakoff, N. P. (2017). Culture and Behavioral Strategy. T. K. Das (Ed.), Research in Behavioral Strategy Series. IAP. https://ssrn.com/abstract=3117764

Rozin, P., & Royzman, E. B. (2001). Negativity bias, negativity dominance, and contagion Personality and Social Psychology Review, 5(4), 296-320. https://10.1207/s15327957pspr0504_2

Schaufeli, W. B., Dijkstra, P., & Vazquez, A. C. (2013). Engajamento no trabalho. Casa do Psicólogo.

Schaufeli, W. B. (2014). What is engagement? In C. Truss, R. Delbridge, K. Alfes, A. Shantz, & E. Soane (Eds.), Employee engagement in theory and practice (pp. 15-35). Routledge.

Schaufeli, W. B., & Taris, T. W. (2014). A critical review of the Job Demands-Resources Model: Implications for improving work and health. In G. Bauer, & O. Hämmig (Eds.), Bridging occupational, organizational, and public health (pp. 43-68). Springer. https://doi.org/10.1007/978-94-007-5640-3_4

Schaufeli, W. B (2017). General engagement: Its conceptualization and measurent. Jornal of Well-Being Assessment, 1, 9-24. http://dx.doi.org/10.1007/s41543-017-0001

Schaufeli, W. B. (2018). Work engagement in Europe: Relations with national economy, governance and culture. Organizational. Dynamics, 47, 99-106. https://doi.org/10.1016/j.orgdyn.2018.01.003

Seppälä, P., Hakanen, J. J., Mauno, S., Perhoniemi, R., Tolvanen, A., & Schaufeli, W. B. (2015). Stability and change model of job resources and work engagement: A seven-year three-wave follow-up study. European Journal of Work and Organizational Psychology, 24(3), 360-375. https://doi.org/10.1080/1359432X.2014. 910510

Taris, T. W. Van Beek, I., & Schaufeli, W. B. (2014). The beauty versus the beast: On the motives of engaged and workaholic employees. In I. Harpaz, & R. Snir (Eds.), Heavy Work Investment: Its nature, sources, outcomes, and future directions (pp. 121-138). Taylor & Francis/Routledge. https://doi.org/10.1108/JMP-07-2015-0259

Taris, T. W., & Schaufeli, W. B. (2016). The Job Demands-Resources model. In S. Clarke, T. M. Probst, F. Guldenmund, & J. Passmore (Eds.), The Wiley Blackwell handbook of the psychology of occupational safety and workplace health (pp. 157-180). John Wiley. https://doi.org/10.1002/9781118979013.ch8

Vazquez, A. C., Magnan, E. S., Pacico, J. C., Hutz, C. S., & Schaufeli, W. B. (2015). Adaptação e validação da versão brasileira da Utrecht Work Engagement Scale. Psico-USF, 20(2), 207-217. https://doi.org/10.1590/141382712015200202

Downloads

Publicado

2021-06-14

Como Citar

Martins, E. L. de S., Mendonça, H., & Vazquez, A. C. S. (2021). Engajamento de professores da educação básica: Um estudo longitudinal. Psico, 52(1), e35002. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2021.1.35002

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)