Representação do punk rock paulista em capas de disco
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2020.1.36731Palavras-chave:
Punk rock, Capa de disco, RepresentaçãoResumo
A proposta deste artigo é analisar as formas de representação do punk rock de São Paulo e da região do ABC paulista nas imagens das capas de discos long playing (LP). As noções de representação e cultura, a partir de Stuart Hall (2016), e texto cultural e semiosfera, de Iuri Lotman (1996), serão as bases para oentendimento da capa enquanto elemento cultural de mediação. 26 discoscompõem o corpus analisado, sendo três coletâneas seminais do movimento e 23 lançados por sete bandas paulistas importantes na década de 1980 e início de 1990: Cólera, Garotos Podres, Inocentes, Mercenárias, Olho Seco, Ratos de Porão e Restos de Nada. As representações ocorrem em imagens figurativas e abstratas de quatro maneiras básicas: colagem e estética “suja”; figuração do personagem punk; imagens de violência, abjeção e tensão; críticas ao capitalismo e à sociedade de consumo.
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