Fronteiras imprecisas: o documentário antropológico entre a exploração do exótico e a representação do outro

Autores

  • Marcius Freire Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2005.28.3341

Palavras-chave:

Documentário, Exploração, Antropologia

Resumo

O filme antropológico tem sido freqüentemente identificado com duas tendências do documentário: exploração do exotismo e preocupação etnográfica. Filmes como The Hunters, de John Marshall ou Dead Birds de Robert Gardner são exemplos de como algumas especificidades de outras culturas podem ser assimiladas ao extraordinário, ao incomum e apresentadas com uma roupagem científica. O objetivo deste texto é explorar a relação ambígua que o documentário antropológico entretém com o anormal e o exótico, examinando seus aspectos éticos e estéticos.

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Biografia do Autor

Marcius Freire, Universidade Estadual de Campinas

Possui graduação em "Études Cinématographiques et Audiovisuelles" - Université Paris VIII (1978), graduação em "Arts Plastiques" - Université Paris VIII (1979), mestrado em "Cinéma" - Université Paris VIII (1980), doutorado em "Cinématographie" - Université Paris X-Nanterre (1985) e pós-doutorado na New York University (1997-1999). Atualmente é Professor livre-docente do Departamento de Cinema da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). 

Referências

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Publicado

2008-04-13

Como Citar

Freire, M. (2008). Fronteiras imprecisas: o documentário antropológico entre a exploração do exótico e a representação do outro. Revista FAMECOS, 12(28), 107–114. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2005.28.3341

Edição

Seção

Cinema e Imaginário