Crenças linguísticas de alunos do PROFLETRAS de universidades no Triângulo Mineiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2017.1.24978

Palavras-chave:

Crença linguística, Ensino de língua portuguesa, Professores da Educação Básica, Profletras.

Resumo

Neste artigo, temos como objetivo geral investigar as crenças linguísticas de pós-graduandos do PROFLETRAS (professores da Educação Básica) de duas universidades federais do Triângulo Mineiro. Para atingirmos nosso objetivo, confeccionamos e aplicamos um questionário de crenças linguísticas destinadas aos participantes desta pesquisa. A análise de dados apontou, como resultado geral, o distanciamento do ensino de língua portuguesa na Educação Básica de uma atitude predominantemente reflexiva e de uma pedagogia culturalmente sensível às variações socioculturais e linguísticas. Somando os resultados de nossas investigações ao pressuposto de que o ensino de língua portuguesa no Brasil continua sendo praticado de modo ultrapassado e desconexo das orientações dos PCN, nossas pesquisas pretendem contribuir para o mapeamento das crenças linguísticas no Brasil e para a conscientização dos problemas que permeiam esta questão e dos obstáculos a serem enfrentados em prol de um ensino sociolinguístico de língua portuguesa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Talita de Cássia Marine, Universidade Federal de Uberlândia

Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa pela UNESP/Araraquara com estágio PDEE/CAPES na Universidade de Lisboa. Professor Adjunto 3 da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Campus de Uberlândia-MG. Professora Permanente e Coordenadora Local do Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS) da UFU. Líder do Grupo de pesquisas GEVAR (Grupo de Estudos Variacionistas), plataforma CNPq.

Juliana Bertucci Barbosa, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa pela UNESP/Araraquara com estágio PDEE/CAPES na Universidade de Lisboa. Professor Adjunto IV da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Campus de Uberaba-MG. Professora Permanente e Coordenadora Local do Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS) da UFTM e na UNESP de Araraquara. Líder do Grupo de pesquisas GEVAR (Grupo de Estudos Variacionistas), plataforma CNPq. Coordenadora do PLI/CAPES (Programa de Licenciaturas Internacionais) na UFTM.

Referências

ALKMIM, Tânia Maria. Sociolinguística (Parte I). In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina (Org.). Introdução à linguística: domínios e fronteiras. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. Vol. 1, p. 21-47.

ALMEIDA BARONAS, Joyce Elaine. Variação Linguística na Escola: resultado de um Projeto. Revista da ABRALIN, v. 13, n. 1, p. 39-62, jan./jun. 2014.

BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2007.

______. O que é letramento? Letramento e gêneros textuais. In: BAGNO, Marcos, STUBBS, Michael; GAGNÉ, Gilles (Org.). Língua Materna: letramento, variação & ensino. São Paulo: Parábola, 2002. p. 51-58.

BAKHTIN, Mikhail Mjkhailovitch. Os gêneros do discurso. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão Pereira. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. p. 278-326.

BERNAL, Regina; SILVA, Nilza Nunes da. O uso do EXCEL para análises estatísticas: curso de bioestatística. São Paulo: USP, 2012.

BORTONI-RICARDO, Stela Maris; DETTONI, Rachel do Vale. Diversidades linguísticas e desigualdades sociais: aplicando a pedagogia culturalmente sensível. In: COX, Maria Inês; ASSIS PETERSON, Ana Antônia (Org.). Cenas de sala de aula. Campinas: Mercado das Letras, 2001. p. 81-103.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 1997.

______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 1998.

CAMACHO, Roberto Gomes. Sociolinguística (Parte II). In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina (Org.). Introdução à linguística: domínios e fronteiras. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. Vol. 1, p. 49-76.

______. A variação lingüística. In: Subsídios à proposta curricular de língua portuguesa para o 1º e 2º graus. São Paulo: SE/CENP, 1988. Vol. 3.

CAVALCANTE, Ricardo Bezerra et al. Análise de conteúdo: considerações gerais, relações com a pergunta de pesquisa, possibilidades e limitações do método. In: Inf. & Soc.: Est., v. 24, n. 1, p. 13-18, jan./abr. 2014.

CYRANKA, Lucia Furtado de Mendonça. Atitudes linguísticas de alunos de escolas públicas de Juíz de Fora-MG. 2007. 174 fl. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) – Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2007.

CYRANKA, Lucia Furtado de Mendonça; RONCARATI, Claudia. Crenças de professores e alunos de português de escolas públicas de Juiz de Fora MG. In: RONCARATI, Claudia; ABRAÇADO, Jussara (Org.). Português brasileiro II: contato linguístico, heterogeneidade e história. Rio de Janeiro: FAPERJ/EDUFF, 2008. p. 172.

CYRANKA, Lucia Furtado de Mendonça. A pedagogia da variação linguística é possível? In: ZILLES, Ana Maria Sthal; FARACO, Carlos Alberto (Org.). Pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2015. p. 31-51.

ERICKSON, Frederick. Transformation and school success: the politics and culture of educational achievement. Anthropology & Education Quaterly, New York, v. 18, n. 4, p. 335-356, 1987.

FARACO, Carlos Alberto. Norma Culta Brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

______. Por uma pedagogia da variação linguística. Disponível em:

<https://variacaolinguistica.files.wordpress.com/2011/06/faraco-_por_uma_pedagogia_da_variacao_linguistica1.pdf>. Acesso em jan. 2017.

FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. São Paulo, 2011.

GNERRE, Maurice. Linguagem, escrita e poder. São Paulo: Martins Fontes, 1985.

LABOV, Willian. Language in the inner city. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1972.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 8 ed. São Paulo: Cortez, 2007.

MARTINS, Marco Antonio; VIEIRA, Silvia Rodrigues; TAVARES, Maria Alice. Ensino de português e sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2014.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde. 10. ed. São Paulo: HUCITEC, 2007.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1997.

Downloads

Publicado

2017-12-27

Como Citar

Marine, T. de C., & Barbosa, J. B. (2017). Crenças linguísticas de alunos do PROFLETRAS de universidades no Triângulo Mineiro. Letrônica, 10(1), 361–379. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2017.1.24978