Neutralidade e imparcialidade? Os limites do modelo procedimental de democracia

Autores

  • Diego Kosbiau Trevisan Universidade de São Paulo (USP) e Johannes Gutenberg-Universität Mainz (JGU)

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4012.2015.1.18634

Palavras-chave:

Democracia, Habermas, Rawls

Resumo

O objetivo desse artigo é discutir a ideia de democracia como procedimento em J. Habermas e J. Rawls e apresentar algumas linhas críticas a essa teoria. Num primeiro momento exporemos o núcleo conceitual do modelo procedimental de democracia defendido por Habermas e Rawls e exposto, em suas convergências e divergências, nas discussões entre ambos ocorridas ao longo da década de 1990. Na sequência, delinearemos o caminho pelo qual trilharam as principais críticas a esse modelo, sobretudo no que diz respeito à figura do sujeito racional que lhe serve de pressuposto e que é posto em xeque pelos seus críticos.

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Publicado

2015-07-31

Como Citar

Kosbiau Trevisan, D. (2015). Neutralidade e imparcialidade? Os limites do modelo procedimental de democracia. Intuitio, 8(1), 246–260. https://doi.org/10.15448/1983-4012.2015.1.18634

Edição

Seção

Artigos