Identidade, branquitude e modernidade na obra de Barbara Weinstein
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2022.1.43630Palabras clave:
identidade regional, história de São Paulo, raça e classeResumen
Barbara Weinstein, em A cor da modernidade: a branquitude e a formação da identidade paulista, discute processos históricos pelos quais foi imaginada e formada a identidade paulista. Ao fazê-lo, Weinstein destaca dois grandes eventos: a Rebelião de 1932, muitas vezes aludida como uma “revolução” na historiografia local, bem como as comemorações dos 400 anos da capital paulista. O livro dialoga com grandes obras brasileiras, tanto em termos de historiografia do estado, quanto em termos de estudos sobre a formação de regiões. A autora destaca a relevância de imaginários baseados na imigração europeia, que buscavam diferenciar o estado das áreas “menos desenvolvidas” do Brasil e do vizinho Rio de Janeiro. Weinstein ilumina perspectivas revisionistas que reformularam os bandeirantes não como exploradores do povo e do interior, mas como ávidos colonos que teriam feito contribuições duradouras ao Estado, remontando tais imaginários a períodos que antecederam a consolidação da capital como centro econômico do país. Como seria de esperar de um trabalho histórico rigoroso, Weinstein também ressalta temas difíceis e intrigantes, como a participação de soldados negros nos eventos de 1932, bem como o papel das mulheres nos eventos da época.
Descargas
Citas
ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz de. The Invention of the Brazilian Northeast. Durham: University of North Carolina Press, 2014. (Latin America in Translation / En Traducción/Em Tradução).
ARAUJO, Ana Lucia. Transnational Memory of Slave Merchants: Making the Perpetrators Visible in the Public Space. In:
ARAÚJO, Ana Lucia (org.). Politics of Memory: Making Slavery Visible in the Public Space. Nova York: Routledge, 2012. p. 15-34.
BRASHER, Jordan. Contesting the Confederacy: Mobile Memory and the Making of Black Geographies in Brazil. FOCUS on Geography, [S. l.], v. 62, 2019. Disponível em: http://www.focusongeography.org/publications/articles/brazil_confederacy/index.html. Acesso em: 1 ago. 2022.
CARVALHO, Vânia Carneiro de. Gênero e artefato: o sistema doméstico na perspectiva da cultura material: São Paulo, 1870-1920. São Paulo, SP, Brasil: EDUSP, 2008.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira. São Paulo, SP: Claro Enigma, 2012.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1993.
WEINSTEIN, Barbara. A Cor da Modernidade: A branquitude e a formação da identidade paulista. São Paulo: EDUSP, 2022.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Oficina do Historiador
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La presentación original de esta revista implica la transferencia, por los autores, los derechos de publicación impresa y digital. Los derechos de autor de los artículos publicados son derechos de autor del boletín de la primera publicación. Autores sólo podrán utilizar los resultados en otras publicaciones, indicando claramente esta revista como medio de publicación original. Porque somos una revista de acceso abierto, permite el libre uso de los artículos en las aplicaciones educativas, científicas y no comerciales, siempre que la fuente sea reconocida (por favor vea la Licencia Creative Commons en el pie esta página).