Panorama do Segundo Império, “Laivos Reacionários” e projeto moderno de história
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2022.1.41330Palabras clave:
Nelson Werneck Sodré, Autoritarismo, Segundo ImpérioResumen
O objetivo deste artigo é avaliar as estratégias utilizadas por Nelson Werneck Sodré na elaboração de Panorama do Segundo Império, publicado originalmente em 1939. Como primeiro trabalho de Sodré dedicado aos estudos históricos do Brasil, esse livro é anterior a seu alinhamento com os marcos teóricos do marxismo, quando o autor publicou suas obras mais conhecidas. Por esse motivo, Sodré não reeditou aquele trabalho nas décadas seguintes, assim como aposentou grande parte de sua bibliografia lançada até a década de 1940. No caso de Panorama do Segundo Império, as principais referências utilizadas por Sodré são intelectuais que pertencem ao campo autoritário do pensamento político e social brasileiro, como Azevedo Amaral e Oliveira Viana. Ao mesmo tempo, percebe-se que os conceitos apreendidos naqueles autores são empregados para analisar o período sem se limitar às cronologias lineares e ações dos personagens políticos da época, aspecto em que as reflexões de Reinhart Koselleck nos auxiliam a compreender os procedimentos historiográficos de Sodré.
Descargas
Citas
AMARAL, Azevedo. O Estado autoritário e a realidade nacional. Brasília: UNB, 1981.
BRANDÃO, Gildo Marçal. Populações meridionais do Brasil. In: MOTA, Lourenço Dantas (org.). Introdução ao Brasil. Um banquete no trópico. São Paulo: Editora SENAC, 2002. p. 299-325.
CARDOSO, Vanessa Clemente. História Nova do Brasil (1963-1965): uma nação “imaginada”. 2013. 173 f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2013.
CAVENAGHI, Airton José. Panorama do Segundo Império. In: SILVA, Marcos (org.). Dicionário crítico Nelson Werneck Sodré. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008. p. 305-310.
CUNHA, Paulo Ribeiro Rodrigues da. A Utopia Tenentista na construção do Pensamento Marxista de Nelson Werneck Sodré. 2001. 346 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.
KONDER, Leandro. Nelson Werneck Sodré. In: CUNHA, Paulo; CABRAL, Fátima (org.). Nelson Werneck Sodré: entre o sabre e a pena. São Paulo: Editora UNESP, 2006. p. 53-58.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006.
LAMOUNIER, Bolivar. Introdução. In: AMARAL, Azevedo. O Estado autoritário e a realidade nacional. Brasília: UNB, 1981. p. 1-14.
NETTO, José Paulo. Nelson Werneck Sodré. In: SODRÉ, Nelson Werneck. O naturalismo no Brasil. Belo Horizonte: Oficina de Livros, 1992. p. 7-39.
NETTO, José Paulo. História da literatura brasileira. In: SILVA, Marcos (org.). Dicionário crítico Nelson Werneck Sodré. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008. p. 179-184.
RODRIGUES, Henrique Estrada. O conceito de formação na historiografia brasileira. In: MEDEIROS, Bruno Franco et al. (org.). Teoria e Historiografia: Debates Contemporâneos. Jundiaí: Paco Editorial, 2015. p. 253-275.
SALLES, Ricardo. Panorama do Segundo Império. In: SILVA, Marcos (org.). Dicionário crítico Nelson Werneck Sodré. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008. p. 310-315.
SODRÉ, Nelson Werneck. Memórias de um escritor. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970.
SODRÉ, Nelson Werneck. Panorama do Segundo Império. 2. ed. Rio de Janeiro: Graphia, 1998.
VIANA, Oliveira. Populações meridionais do Brasil: história organização, psicologia. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Oficina do Historiador
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La presentación original de esta revista implica la transferencia, por los autores, los derechos de publicación impresa y digital. Los derechos de autor de los artículos publicados son derechos de autor del boletín de la primera publicación. Autores sólo podrán utilizar los resultados en otras publicaciones, indicando claramente esta revista como medio de publicación original. Porque somos una revista de acceso abierto, permite el libre uso de los artículos en las aplicaciones educativas, científicas y no comerciales, siempre que la fuente sea reconocida (por favor vea la Licencia Creative Commons en el pie esta página).