Potencial de transformação maligna do líquen plano bucal: uma meta-análise

Autores

  • Fernando Augusto Cervantes Garcia de Sousa Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP
  • Thaís Cachuté Paradella Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP

Palavras-chave:

Oral lichen planus, oral cancer, meta-analysis

Resumo

Objetivo: Diversos estudos relatam o potencial de transformação maligna do líquen plano bucal, mas os achados são controversos. O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de transformação maligna do líquen plano bucal. Metodologia: Realizou-se uma busca eletrônica da literatura na base de dados PubMed MEDLINE usando os descritores “oral lichen planus” e “malignant transformation”, de janeiro de 1988 a setembro de 2008. Um total de 95 artigos foi obtido, os quais foram avaliados para inclusão. Foram incluídos somente estudos prospectivos e retrospectivos com relato de taxa de transformação maligna de líquen plano bucal, bem como estudos com o número de casos com critérios de diagnóstico para a doença. Dos 24 estudos selecionados, os dados coletados incluíram apresentação clínica e localização anatômica das lesões e idade e gênero dos sujeitos. Resultados: De um total de 11.225 casos de líquen plano bucal, 183 (1,63%) desenvolveram transformação maligna aproximadamente seis anos após o diagnóstico inicial. A forma reticular foi a apresentação clínica mais frequente e a mucosa jugal e lingual as localização mais freqüentes das lesões. Entretanto, somente a apresentação clínica (formas atípicas: atrófica, erosiva, “em placa”) e a localização da lesão (língua) foram associados a maior risco de transformação maligna. Conclusão: Estudos epidemiológicos realizados nos últimos 20 anos revelaram uma taxa de transformação maligna de 0,27% ao ano para o líquen plano bucal, o que enfatiza a importância do acompanhamento clínicos destes pacientes.

Biografia do Autor

Fernando Augusto Cervantes Garcia de Sousa, Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP

Doutor em Biopatologia Bucal pelo Programa de Pós-Graduação em Biopatologia Bucal da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP

Thaís Cachuté Paradella, Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP

Doutora em Biopatologia Bucal pelo Programa de Pós-Graduação em Biopatologia Bucal da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP

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Publicado

2009-02-11

Edição

Seção

Revisão de Literatura