O nicho cognitivo: coevolução de inteligência, sociabilidade e linguagem

Autores/as

  • Steven Pinker Harvard University

Palabras clave:

Cognição, Evolução humana, Metáfora

Resumen

Embora Darwin tenha insistido que a inteligência humana pudesse ser inteiramente explicada pela teoria da evolução, o co-descobridor da seleção natural, Alfred Russel Wallace, afirmou que a inteligência abstrata era de nenhuma serventia para os ancestrais humanos e só poderia ser explicada pelo design inteligente.2 O aparente paradoxo de Wallace pode ser solucionado através de duas hipóteses sobre a cognição humana. A primeira é de que a inteligência humana seja uma adaptação a um conhecimento de uso, a um estilo de vida socialmente interdependente – o “nicho cognitivo”. Isto compreende a habilidade de fazer triunfar as defesas evolutivas fixas de plantas e animais pelo uso do raciocínio, incluindo armas, armadilhas, planos de movimentos coordenados e desintoxicação de plantas. Tal raciocínio explora as teorias intuitivas sobre os diferentes aspectos do mundo, como objetos, forças, trajetórias, lugares, estados, substâncias e crenças e desejos de outras pessoas. A teoria esclarece traços zoologicamente3 incomuns no Homo sapiens, incluindo nosso complexo kit de ferramentas, a grande variedade de habitat e dietas, as prolongadas infâncias e vidas longas, a hipersociabilidade, o complexo ritual de acasalamento, a divisão em culturas e a linguagem (que multiplica o benefício do conhecimento, pois o know-how tem utilidade não somente prática, mas também como um bom intercâmbio com os outros, aumentando a evolução da cooperação). A segunda hipótese é de que os humanos possuem uma habilidade de abstração metafórica que os permite agregar faculdades que evoluíram originalmente para a resolução de problemas físicos e de coordenação social, aplicá-las a questões abstratas e combiná-las produtivamente. Essas faculdades podem ajudar a esclarecer o surgimento da cognição abstrata sem forças evolucionárias sobrenaturais e estranhas e que são, em princípio, testáveis através da análise estatística dos indícios de seleção no genoma humano.

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Biografía del autor/a

Steven Pinker, Harvard University

Harvard University, Cambridge

Publicado

2010-12-27

Cómo citar

Pinker, S. (2010). O nicho cognitivo: coevolução de inteligência, sociabilidade e linguagem. Letras De Hoje, 45(3). Recuperado a partir de https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/fale/article/view/8117

Número

Sección

Linguagem: Linguística, Teoria da Literatura e Interfaces 10 anos de existência do CELIN