Geografia-geografias: a literatura (felizmente) se ocupa do que a historiografia parece menosprezar

Autores

  • Antonio Carlos Hohlfeldt Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Ana Cláudia Munari Universidade de Santa Cruz do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7726.2014.2.13483

Palavras-chave:

Literatura sul-riograndense, Crítica literária, Noite de reis, Fernandes Bastos

Resumo

O lançamento, em 1935, de uma narrativa histórica, denominada Noite de reis, recentemente reeditada, abre a oportunidade para uma revisão a respeito da chamada geografia literária do Rio Grande do Sul. Aquele texto, de autoria de Manoel Estevão Fernandes Bastos, praticamente inédito nos círculos literários sul-rio-grandenses ainda hoje, introduziu duas novidades no mapa literário do estado: a região geográfica das encostas da Serra Geral e da Serra do Mar, historicamente importante para a colonização e a ocupação dos territórios sul-rio-grandenses, e o tipo humano ali presente, mescla de descendentes vicentinos e lagunenses com brasileiros do norte e colonizadores alemães. Para além desses aspectos, contudo, o texto é interessante exemplo de uma narrativa épica e ao mesmo tempo trágica, que mistura fatos históricos e ficção, sugerindo veios ainda não explorados para a literatura do estado sulino.

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Biografia do Autor

Antonio Carlos Hohlfeldt, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutor em Letras pela PUCRS, Professor do PPGL e do PPGCom da PUCRS

Ana Cláudia Munari, Universidade de Santa Cruz do Sul

Doutoranda em Teoria da Literatura, PPGL, PUCRS

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Publicado

2014-06-09

Como Citar

Hohlfeldt, A. C., & Munari, A. C. (2014). Geografia-geografias: a literatura (felizmente) se ocupa do que a historiografia parece menosprezar. Letras De Hoje, 49(2), 241–247. https://doi.org/10.15448/1984-7726.2014.2.13483

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