Cuidado e gratidão nas relações com profissionais de saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2024.1.45038

Palavras-chave:

Cuidado, Emoções, Redes sociais, Parto, Terapia

Resumo

Neste artigo, discutimos o papel das emoções nas relações profissionais de cuidado da área da saúde, a partir de postagens na rede social Instagram. Entendendo os serviços de saúde como parte da esfera profissional de cuidado, argumentamos que os afetos constituem não apenas uma dimensão essencial do processo terapêutico e de cuidado, mas também revelam aspectos sociais dessas relações. Chamamos atenção para o sentimento de gratidão, expresso entre pacientes e profissionais, pois entendemos que a publicização em redes sociais dessa emoção revela-se como forma de valorização de aspectos do trabalho do cuidado que não são visíveis apenas pelo valor monetário pago por eles.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Claudia Barcellos Rezende, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Doutora em Antropologia pela London School of Economics, em Londres, Inglaterra. Professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Waleska de Araújo Aureliano, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), em Florianópolis, SC, Brasil. Professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Referências

Comas D’Argemir, Dolors. 2017. El don y la reciprocidad tienen género: las bases morales de los cuidados. QuAderns-e. Institut Català de Antropologia 22(2): 17-32.

Folbre, Nancy, e Julie A. Nelson. 2000. For love or money, or Both? The Journal of Economic Perspectives 14 (4):123-40. https://doi.org/10.1257/jep.14.4.123.

Guimarães, Nadya, e Priscila Vieira. 2020. As “ajudas”: o cuidado que não diz seu nome. Estudos Avançados 34 (98): 7-23. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.3498.002.

Hoschild, Arlie. 2013. Trabalho emocional, regras de sentimento e estrutura social. In Estudos sobre interação, organizado por Maria Claudia Coelho, 169-210. Rio de Janeiro: Eduerj.

Lutz, Catherine. 1990. Engendered emotion: gender, power, and the rhetoric of emotional control in American discourse. In Language and the Politics of Emotion, organizado por Catherine Lutz e Lila Abu-Lughod, 69-71. Cambridge: Cambridge University Press.

Mattingly, Cheryl. 1994. The concept of therapeutic emplotment. Social Science and Medicine 38 (6): 811-22. https://doi.org/10.1016/0277-9536(94)90153-8.

Miller, Daniel, e Heather Horst. 2012. The digital and the human. A prospectus for digital anthropology. In Digital Anthropology, organizado por Daniel Miller e Heather Horst, 3-36. Oxford: Berg.

Molinier, Pascale. 2012. Ética e trabalho do care. In Cuidado e Cuidadoras: as várias faces do trabalho do care, organizado por Helena Hirata e Nadya Guimarães, 29-43. São Paulo: Editora Atlas.

Molinier, Pascale. 2014. Cuidado, interseccionalidade e feminismo. Tempo Social 26 (1): 17-33. https://doi.org/10.1590/S0103-20702014000100002.

Mol, Annemarie. 2008. The logic of care: health and the problem of patient choice. Londres, Routledge.

Pulhez, Mariana. 2013 Parem a violência obstétrica: a construção das noções de ‘violência’ e ‘vítima’ nas experiências de parto. RBSE – Revista Brasileira de Sociologia da Emoção 12 (35): 544-64.

Russo, Jane, e Marina Nucci. 2020. Parindo no paraíso: parto humanizado, ocitocina e a produção corporal de uma nova maternidade. Interface 24: e-180390. http://dx.doi.org/10.1590/interface.180390.

Sibilia, Paula. 2016. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto.

Silveira, Liane. 2011.Como se fosse da família: a relação (in)tensa entre mães e babás. Tese em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Simmel, Georg. 1964. Faithfulness and gratitude. In The Sociology of Georg Simmel, organizado por Kurt H. Wolff, 379-95. New York: The Free Press.

Soares, Angelo. 2012. As emoções do care. In Cuidado e Cuidadoras: as várias faces do trabalho do care, organizado por Helena Hirata e Nadya Guimarães, 44-59. São Paulo: Editora Atlas.

Tronto, Joan. 2007. Assistência democrática e democracias assistenciais. Sociedade e Estado, Brasília 22 (2): 285-308. https://doi.org/10.1590/S0102-69922007000200004.

Velho, Manuela, Odaléa Brüggemann, Christine McCourt, Silvana da Gama, Roxana Knobel, Annelise Gonçalves, e Eleonora d’Orsi. 2019. Modelos de assistência obstétrica na Região Sul do Brasil e fatores associados. Cadernos de Saúde Pública 35 (3): e-00093118. http://doi: 10.1590/0102-311X00093118.

Zelizer, Viviana. 2012. A economia do care. In Cuidado e Cuidadoras: as várias faces do trabalho do care, organizado por Helena Hirata e Nadya Guimarães, 15-28. São Paulo: Editora Atlas.

Downloads

Publicado

2024-07-03

Como Citar

Barcellos Rezende, C., & de Araújo Aureliano, W. (2024). Cuidado e gratidão nas relações com profissionais de saúde. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 24(1), e45038. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2024.1.45038

Edição

Seção

Cuidado e emoções: discursos, práticas e experiências