A dimensão global das políticas públicas de gênero e saúde na América Latina
Uma análise decolonial
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2021.3.40454Palavras-chave:
Gênero, Colonialidade, Política pública, Saúde, Sul globalResumo
Propõe-se uma análise das políticas que articulam gênero e saúde na América Latina, a fim de repensar a dimensão global da construção de conceitos, indicadores e instrumentos de avaliação de impactos dessas políticas na região. Indagamos em como os estudos e as avaliações globais sobre essas políticas “fazem gênero” de uma maneira particular, vinculada à colonialidade que atravessa as sociedades do Sul Global. A metodologia contemplou uma análise discursiva de publicações de dois atores globais destacados na revisão documental: a Cepal e a OPS. Entre os resultados, se apontam diferenças nos modos de “fazer gênero” desses órgãos, com a operação discursiva de supressão da heterogeneidade na ideia de autonomia do primeiro e com construções relacionais de gênero do segundo vinculadas à equidade. Destaca-se que o alinhamento a políticas neoliberais não permite visualizar instrumentos de justiça social mais robustos nestas avaliações.
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