Patologizados, cansados e perdidos
Interpretações sociológicas do crescimento das depressões na modernidade tardia
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2021.1.39002Palavras-chave:
Depressão, Existencialismo sociológico, Segurança ontológica, Modernidade tardiaResumo
O artigo analisa a emergência da depressão como a doença mental mais frequente na modernidade tardia. A partir do existencialismo sociológico de Peters (2017), ele concebe a depressão como um modo particular de insegurança ontológica. Ele afirma que o aumento dos diagnósticos é compreensível a partir de três amplas chaves interpretativas vinculadas às transformações das sociedades da modernidade tardia. A primeira refere-se a uma crescente patologização da angústia associada ao surgimento de formas de conceituar o sofrimento psíquico. A segunda refere-se ao aprofundamento dos imperativos de autorrealização que causam patologias de esgotamento de si. A terceira evidencia a expansão de uma multiplicidade de guias de referência que se manifesta na perda de sentido da existência. A depressão contemporânea representa simultaneamente uma patologia retórica, de ação e de sentido correlativa às figurações do sujeito patologizado, fatigado e perdido.
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