Teoria dos sistemas e religião
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2017.2.25281Palavras-chave:
Religião. Teoria dos sistemas. Luhmann. Secularização.Resumo
O artigo trata da teoria de sistemas para a religião, em particular a abordagem de Luhmann. Este ponto de vista permite escapar de pelo menos dois dilemas. O primeiro diz respeito ao tema da secularização, ou o declínio versus o renascimento do sagrado. O segundo diz respeito à questão de saber se a religião é uma província finita de significados, ou uma superestrutura que depende de outra coisa – seja a economia ou o código genético, a estrutura neurológica de nossas mentes, ou distúrbios da nossa psique. Considerando-se a religião como um sistema em relação com ambientes sociais diversos, múltiplos e cambiantes, a religião sofre uma perda relativa de importância social ou um consentimento em declínio durante certos períodos evolutivos de suas relações com o ambiente, enquanto em outros momentos ela se revitaliza. Declínio e revitalização realmente significam os ciclos recorrentes de inflação e deflação sociorreligiosa. Eles descrevem a capacidade do sistema de crenças de diferenciar-se, a fim de resistir ao teste de um ambiente em mudança, persistindo e mantendo sua coerência interna (autorreflexividade).
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