MAMÍFEROS NÃO VOADORES ENCONTRADOS EM TRÊS ÁREAS DO PARQUE ESTADUAL DO ESPINILHO, BARRA DO QUARAÍ, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Autores

  • Josiane Folletto Bianchin PUCRS URUGUAIANA
  • Joceleia Gilmara Koenemann PUCRS
  • Enrique Querol Chiva PUCRS

Palavras-chave:

Mastofauna, vestígios, etnozoologia, Unidade de Conservação

Resumo

O Pampa constitui o bioma brasileiro com o terceiro maior número de espécies de mamíferos ameaçadas (13%) e historicamente tem sido modificado pelas atividades humanas, restando muitas vezes apenas pequenos remanescentes em uma paisagem predominantemente agrícola. Apesar dos mamíferos serem um grupo bastante conhecido, pouquíssimos locais da região que abriga o Pampa gaúcho, foram adequadamente inventariados. O trabalho identificou os registros de mamíferos não-voadores no Parque Estadual do Espinilho, sendo esta uma Unidade de Conservação. As metodologias utilizadas identificaram os mamíferos não-voadores baseado em vestígios como rastos, fezes, e outros vestígios como carcaças, pêlos, etc., visualizações em campo e entrevistas com quinze moradores da região de entorno da localidade de estudo. Foram obtidos registros de dezessete espécies de mamíferos: Mazama spp, Ozotocerus bezoarticus, Cerdocyon thous, Lycalopex gymnocercus, Leopardus sp, Conepatus chinga, Galictis cuja, Lontra longicaudis, Procyon cancrivorus, Didelphis albiventris, Lepus europaeus, Hydrochoerus hidrochaeris, Cavia sp, Myocastor coypus, Dasypus novemcinctus, Dasypus septemcinctus e Euphractus sexcinctus. A metodologia de maior sucesso quanto à identificação dos mamíferos, foi através das entrevistas com os moradores locais, confirmando algumas espécies já identificadas através de vestígios e da visualização. Do total de dezessete espécies identificadas, três foram apenas registradas com base nos relatos dos moradores. Das espécies listadas, quatro estão classificadas com algum risco no Livro vermelho da fauna ameaçada de extinção do Rio Grande do Sul. A confirmação de um número considerável de espécies de mamíferos nativos e também o registro de algumas espécies que constam como ameaçadas para o estado nas áreas de estudo, indicam que há a necessidade da realização de programas sobre ecologia e conservação destas espécies.

Biografia do Autor

Josiane Folletto Bianchin, PUCRS URUGUAIANA

Ciencias Biologicas, área de Zoologia

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Publicado

2012-04-24

Edição

Seção

Artigos