Contaminação microbiológica de fios retratores: um estudo in vitro
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6523.2017.1.26482Palavras-chave:
Contaminação, Técnicas microbiológicas, Técnicas de retração gengival, Materiais dentários, Infecção cruzadaResumo
OBJETIVO: O atendimento Odontológico, de forma geral, é cercado de cuidados no que diz respeito à esterilização dos instrumentos e materiais utilizados. Neste contexto, os métodos realizados para o controle de infecção são fundamentais para a segurança dos pacientes. O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a contaminação de fios retratores provenientes das embalagens fornecidas pelos fabricantes. Para isto, foram utilizadas três marcas comerciais de fios: Retraflex®, Pró-Retract® e Ultrapak®.
METODOLOGIA: As amostras foram compostas por 10 segmentos de 1cm de fio retrator de cada marca comercial, perfazendo um n=30. Para a análise de crescimento bacteriano foram utilizados 30 tubos de ensaio
esterilizados contendo o meio de cultura BHI (Brain Heart Infusion). O turvamento do meio contido nos tubos indicou a contaminação dos mesmos.
RESULTADOS: Dos 30 tubos contendo fios retratores, seis mostraram turvamento e foram considerados contaminados: três da marca Retraflex®, dois tubos da marca Ultrapak®, e um tubo da marca Pro-Retract®, perfazendo um total de 20% da amostra.
CONCLUSÃO: Alguns fios retratores utilizados nesta pesquisa, apresentaram contaminação por microorganismos. É interessante ter cuidados extras na sua utilização, e mais estudos devem ser realizados sobre o assunto.
Referências
Guru R, Saleem M, Singh R, Patil A. Microbiological appraisal of three different brands of commercially available irreversible hydrocolloid impression materials: an in vitro study. J Contemp Dent Pract. 2011;12: 35-40. https://doi.org/10.5005/jp-journals-10024-1007
Rice CD, Dykstra MA, Gier RE. Bacterial contamination in irreversible hydrocolloid impression material and gingival retraction cord. J Prosthet Dent. 1991;65:496-9. https://doi.org/10.1016/0022-3913(91)90287-7
Casemiro LA, Martins CH, de Souza Fde C, Panzeri H, Ito IY. Bacterial, fungal and yeast contamination in six brands of irreversible hydrocolloid impression materials. Braz Oral Res. 2007;21:106-11. https://doi.org/10.1590/S1806-83242007000200003
Kayaoglu G, Gurel M, Omurlu H, Bek ZG, Sadik B. Examination of guttapercha cones for microbial contamination during chemical use. J Appl Oral Sci. 2009;17:244-7. https://doi.org/10.1590/S1678-77572009000300022
Roth TP, Whitney SI, Walker SG, Friedman S. Microbial contamination of endodontic files received from the manufacturer. J Endod. 2006;32: 649-51. https://doi.org/10.1016/j.joen.2005.09.006
Purmal K, Chin S, Pinto J, Yin WF, Chan KG. Microbial contamination of orthodontic buccal tubes from manufacturers. Int J Mol Sci. 2010;11: 3349-56. https://doi.org/10.3390/ijms11093349
Gerzson DRS, Simon D, Dos Anjos AL, Freitas MP. In vitro evaluation of microbial contamination of orthodontic brackets as received from the manufacturer using microbiological and molecular tests. Angle Orthod. 2015;85:992-6. https://doi.org/10.2319/100414-711.1
Phatale S, Marawar PP, Byakod G, Lagdive SB, Kalburge JV. Effect of retraction materials on gingival health: A histopathological study. J Indian Soc Periodontol. 2010;14:35-39. https://doi.org/10.4103/0972-124X.65436
Benson BW, Bomberg TJ, Hatch RA, Hoffmam, W Jr. Tissue displacement methods in fixed prosthodontics. J Prosthet Dent. 1986;55:175-81. https://doi.org/10.1016/0022-3913(86)90336-7
Hansen PA, Tira DE, Barlow J. Current methods of finish-line exposure by practicing prosthodontists. J Prosthodont. 1999;8:163-170. https://doi.org/10.1111/j.1532-849X.1999.tb00031.x
Ruel J, Schuessler PJ, Malament K, Mori D. Effect of retraction procedures on the periodontium in humans. J Prosthet Dent. 1980;44:508-15. https://doi.org/10.1016/0022-3913(80)90069-4
de Gennaro GG, Landesman HM, Calhoun JE, Martinoff, JT. A comparison of gingival inflammation related to retraction cords. J Prosthet Dent. 1982;47:384-386. https://doi.org/10.1016/S0022-3913(82)80085-1
Azzi R, Tsao TF, Carranza FA Jr, Kenney EB. Comparative study of gingival retraction methods. J Prosthet Dent. 1983;50:561-5. https://doi.org/10.1016/0022-3913(83)90581-4
Feng J, Aboyoussef H, Weiner S, Singh S, Jandinski J. The effect of
gingival retraction procedures on periodontal indices and crevicular fluid cytokine levels: a pilot study. J Prosthodont. 2006;15:108-12. https://doi.org/10.1111/j.1532-849X.2006.00083.x
Liu CM, Huang FM, Yang LC, Chou LS, Chou MY, Chang YC. Cytotoxic effects of gingival retraction cords on human gingival fibroblasts in vitro. J Oral Rehabil. 2004;31:368-372. https://doi.org/10.1046/j.1365-2842.2003.01237.x
Al Hamad KQ, Azar WZ, Alwaeli HA, Said KN. A clinical study on the effects of cordless and conventional retraction techniques on the gingival and periodontal health. J Clin Periodontol. 2008;35:1053-1058. https://doi.org/10.1111/j.1600-051X.2008.01335.x
Brasil. Ministério da saúde: Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar. Procedimentos de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde. Brasília, 1994.
de Sousa JNL, Marques Filho A, de Sousa RL. Análise mcrobiólogica em ambiente odontológico. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2007;61:308 -88.
Barreto ACB, Vasconcelos CPP, Girão CMS, Rocha MMNP, Mota OML, Pereira SLS . Environmental contamination by aerosols during treatment using ultrasonic devices. Braz J Periodontol. 2011;21:79-84.
Rickli AC, Machado CEP, Silva LP, Guedes CG. Absortividade de fios de afastamento gengival embebidos em soluções adstringentes à base de cloreto de alumínio. Rev Odontol UNESP. 2007;36:71-6.
Prado MEM, Santos SSF. Avaliação das condições de esterilização de materiais odontológicos em consultórios na cidade de Taubaté. Rev Biociênc. 2002;8:61-70.
Leirião FP, Brito L, Mory M, Gioso, A. Histological study of the periodontal structures, comparing gingival displacement by use of copper band and by cotton string, in dogs. Braz J Vet Res Ani. Sci. 2003;40:382-8.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
DIREITOS AUTORAIS
A submissão de originais para a Odonto Ciência implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Odonto Ciência como o meio da publicação original.
LICENÇA CREATIVE COMMONS
Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo com a Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Odonto Ciência o usuário deve respeitar os requisitos abaixo.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercialmente.
Porém, somente de acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira que a Odonto Ciência apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.
Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta página eletrônica.