Biocompatibilidade da própolis no tecido subcutâneo de ratos: um possível biomaterial de limpeza de cavidade
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6523.2017.2.26479Palavras-chave:
Teste de materiais, Própolis, Forramento da cavidade dentária, DetergentesResumo
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar histopatologicamente, em tecido conjuntivo subcutâneo de ratos, uma solução de própolis para a limpeza de cavidades e sua toxicidade através dos testes de hemólise e Artemia franciscana.
METODOLOGIA: Foram utilizados 15 ratos machos, selecionados e distribuídos aleatoriamente em três grupos (n=5) em períodos experimentais (7, 30 e 45 dias), em que cada animal recebeu os quatro grupos de tratamento em forma de rodízio: Grupo I – Própolis I; Grupo II – Própolis II; Grupo III – Água de Hidróxido de Cálcio e Grupo IV – Clorexidina a 2%; as laterais do tubo foram o grupo controle. Os dados foram analisados pela estatística descritiva.
RESULTADOS: Todos os materiais apresentaram uma redução significativa do infiltrado inflamatório e aumento da espessura das fibras colágenas. No teste de citotoxicidade de Artemia franciscana, o extrato de própolis apresentou alta toxicidade e no teste de atividade hemolítica o extrato de Própolis I mostrou-se mais ativo que o da Própolis II.
CONCLUSÃO: O presente estudo mostrou a biocompatibilidade da própolis, sugerindo seu uso como solução de limpeza em cavidade cavidades rasas e médias semelhante à clorexidina a 2%.
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