Indicadores socioeconômicos e a oferta de serviços na atenção básica em saúde bucal em municípios do Estado de Goiás, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6523.2015.3.12933Palavras-chave:
Indicadores sociais, Serviços de saúde, Saúde bucalResumo
Objetivo: O presente estudo ecológico transversal visou relacionar indicadores socioeconômicos dos municípios goianos, com a oferta de serviços odontológicos.Métodos: Os dados foram obtidos no Atlas de Desenvolvimento Humano, Conselho Federal de Odontologia e Sistema de Informação da Atenção Básica, sendo utilizados os seguintes indicadores socieoeconômicos (ISE): Índice de Gini, IDH, renda per-capita e taxa de analfabetismo. Foi realizada análise de agrupamento (K-Means cluster) para segmentação dos municípios a partir desse conjunto de ISE e os grupos de municípios foram comparados em relação ao número de habitantes por cirurgião dentista, cobertura da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e equipes de saúde bucal (ESB), além do repasse do PAB Variável para saúde bucal por habitante.
Resultados: Foram formados três subgrupos definidos por estratos dos ISE: altos (n=21), intermediários (n=109) e baixos (n=112). Foi observado menor repasse para saúde bucal por habitante e cobertura pela ESF e ESB nos municípios com melhores ISE, enquanto a relação habitante/cirurgião-dentista foi maior nos municípios com piores ISE (p<0,001).
Conclusão: A cobertura ESF e ESB maior nos municípios com piores ISE evidencia que o princípio da equidade do SUS está sendo contemplado. No entanto, a proporção de habitantes por cirurgião-dentista menor nos municípios com melhores ISE obedece à lógica do mercado.
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