Avaliação da higiene bucal de crianças com deficiência mental
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6523.2015.3.12849Palavras-chave:
Higiene bucal, Pessoas com deficiência mental, Pessoas com deficiência, Crianças com deficiência, Relações mãe-filho.Resumo
Objetivo: Identificar os fatores associados à qualidade da higiene bucal em crianças com deficiência mental.
Métodos: Foi realizado um estudo transversal com uma amostra de 181 crianças com deficiência mental na faixa etária de três a 12 anos e suas mães. O estudo foi conduzido em duas unidades públicas de atendimento médico para crianças especiais na cidade do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil. As crianças foram examinadas quanto à qualidade da higiene bucal e à presença de lesão de cárie dentária. A examinadora foi previamente calibrada e foram obtidos valores kappa de 0,90 para cárie dentária e 0,87 para a higiene bucal. As mães responderam um questionário abordando as características individuais, comportamentais e história médica das crianças. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG. Os dados foram analisados por meio do teste Qui-Quadrado e Regressão logística multivariada, considerado-se uma significância de 90,0%.
Resultados: A maioria das crianças possuía deficiência mental leve (56,4%) e 43,6% tinham deficiência mental moderada. A qualidade da higiene bucal foi considerada adequada em 84,0% das crianças. Um total de 172 mães afirmou que os dentes do filho eram escovados diariamente (95,0%). Dentre elas, a maioria relatou dificuldades nesta tarefa (53,0%). Aquelas crianças diagnosticadas com deficiência mental leve {OR=2,82[90% IC (1,15-6,86)]} e ausência de cárie {OR=7.68 [90% IC (3.03-19.45)]} apresentaram maior chance de pertencerem ao grupo de crianças identificadas com uma higiene bucal adequada.
Conclusão: A qualidade da higiene bucal foi associada com a cárie dentária e com o grau de deficiência mental das crianças.
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