Informação e tomada de decisão na clínica odontopediátrica: enfoque bioético
Resumo
O respeito à autonomia do paciente implica em informá-lo sobre as propostas de tratamento, benefícios e riscos, de forma que possa compreender e participar ativamente deste processo. Este estudo transversal teve por objetivo verificar o esclarecimento dos responsáveis acerca do tratamento odontológico de suas crianças na faixa etária de 4 a 12 anos, atendidas em um serviço público de Belo Horizonte. Ademais, desejou-se avaliar a participação dos mesmos na decisão do tratamento. A amostra constituiu-se de 63 responsáveis, os quais foram abordados por meio de uma entrevista utilizando-se um formulário estruturado. Para análise estatística adotou-se o teste qui-quadrado e o teste exato de Fisher com 5% de significância através do programa SPSS 10.0. Os resultados revelaram que 79,4% dos responsáveis confirmaram o recebimento de informações sobre o tratamento proposto para a sessão, sendo tal informação considerada satisfatória. Em relação ao autojulgamento, 93,7% dos entrevistados declararam ter conhecimento acerca do tratamento que estava sendo executado pelo cirurgião-dentista, e 60,3% declararam ter participado do processo de decisão. Entretanto, quando questionados sobre qual o procedimento executado, 30,2% dos responsáveis acertaram. Não houve diferença estatisticamente significativa quando se associou a variável esclarecimento e as variáveis idade (p = 0,355), grau de parentesco (p = 0,747), nível de escolaridade (p = 0,472) e nível econômico dos responsáveis (p = 0,725). Desta forma, concluiu-se que a maioria dos entrevistados não estava devidamente esclarecida quanto ao tratamento odontológico realizado em seu menor, assumindo uma postura passiva frente ao profissional. Sugeriu-se, portanto que, os responsáveis não exerceram de forma satisfatória a sua autonomia.
UNITERMOS: autonomia pessoal; bioética; odontopediatria.
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