Avaliação das funções orais em crianças brasileiras por meio do Nordic Orofacial Test-Screening (NOT-S)

Autores

  • Marina Severi Leme Piracicaba Dental School, University of Campinas
  • Taís de Souza Barbosa University of Campinas
  • Maria Beatriz Duarte Gavião Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP

Palavras-chave:

Criança, avaliação da deficiência, reprodutibilidade dos testes, estudos de validação

Resumo

Objetivo: A função orofacial é resultado de atividades complexas integradas ao Sistema Nervoso Central e ao Sistema Neuromuscular. A disfunção orofacial pode comprometer ações vitais, como a respiração, a mastigação, a deglutição e as expressões faciais. O objetivo deste estudo foi traduzir o protocolo do Nordic Orofacial Test-Screening (NOT-S), que avalia disfunção orofacial, para o Português do Brasil e aplicá-lo à uma amostra de crianças e adolescentes (8 a 14 anos). Metodologia: A versão brasileira do NOT-S foi aplicada em 197 meninas e 135 meninos na faixa etária de 8 a 14 anos. Estes foram examinados clinicamente considerando as fases da dentição e características da oclusão. Para avaliar a reprodutibilidade do NOT-S foi aplicado o teste-reteste em 50 indivíduos aleatoriamente selecionados da amostra 15 dias após a primeira avaliação. Estatística descritiva, qui-quadrado, os testes Mann-Whitney e Kappa foram aplicados para análise dos dados, com nível de significância de α=0.05. Resultados: Os escores variaram de 0 a 7; o escore 0 apresentou frequência de 5% e o escore médio foi 2,64. Os domínios III (Hábitos) e IV (Mastigação e Deglutição) foram os mais frequentes e apresentaram taxa de 70 e 50%, respectivamente. Não houve diferença entre os gêneros em relação à disfunção orofacial, porém os escores do NOT-S foram maiores na dentição mista quando comparada à dentição permanente. A taxa de concordância intraexaminador foi de 97,8% comparando a primeira aplicação com a do re-teste. Conclusão: Não houve diferença entre gêneros, mas nos indivíduos na dentição mista e aqueles com mordida aberta anterior a disfunção orofacial foi mais presente. A versão brasileira do NOT-S foi considerada adequada para aplicação em indivíduos brasileiros.

Biografia do Autor

Marina Severi Leme, Piracicaba Dental School, University of Campinas

PhD Student, Department of Pediatric Dentistry, Piraciaba Dental Scholl, University of Campinas

Taís de Souza Barbosa, University of Campinas

Researcher, Department of Pediatric Dentistry, Piraciaba Dental Scholl, University of Campinas

Maria Beatriz Duarte Gavião, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP

Frofessora Titular de Odontopediatria da FOP-UNICAMP

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Publicado

2012-03-21

Edição

Seção

Artigo Original