A Poética Estética da Memória em Valsa com Bashir
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3710.2017.2.29346Resumo
Este presente artigo tem como ponto de partida o filme Valsa com Bashir de Ari Folman para uma reflexão sobre a estética do documentário de animação como ferramenta de construção de história, política e memória. De acordo com o release oficial (DVD e BLURAY), o diretor Ari Folman, que participou como soldado da segunda guerra do Líbano em 1982, examina suas próprias culpas para abordar os problemas da reconstituição da memória dos episódios dramáticos que culminaram no massacre dos campos de Shabra e Shatila, em que teriam morrido 3.000 refugiados palestinos. Com o fato da imagem fotográfica das câmeras não ‘darem conta’ de representar a memória em si, Folman recorrerá ao desenho, segundo o autor, como estética capaz de acionar memórias que a fotografia não é capaz de alçar.
Referências
ARANTES, Priscila. Arte e Mídia. Perspectivas da estética digital. SENAC. São Paulo, 2005;
BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: LIMA, Luiz Costa. Teoria da Cultura de Massa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
CARROL, N. Ficção, Não Ficção e o cinema da asserção pressuposta: uma nalise conceitual in Ramos, Fernão Pessoa. Teoria Contemporânea do Cinema – Documentario e Narratividade Ficcional. São Paulo, SENAC, 2005.
FLUSSER, V. Filosofia da caixa preta. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
___________. O universo das imagens técnicas: elogio da superficialidade. São Paulo: Annablume, 2008.
FOLMAN, A., e POLONSKY, D. Waltz with Bashir. Israel: Sony Pictures Classics, 2008.
FRANCISCO, P. Um outro cinema – cinema documentário e memória. Dissertação de mestrado. Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008.
FULGENCIO, Leopoldo. A noção de trauma em Freud e Winnicott. Natureza humana, v. 6, n. 2, p. 255-270, 2004.
HALBWACHS, M. Memória individual e memória coletiva. In: A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.
LE GOFF, J. Memória. In: História e memória 5ª ed. Campinas, SP: Editora UNICAMP, 2003. p. 419-476.
MARTINS, Í. O documentário animado “Ryan” e o psicorrealismo. Trabalho apresentado ao GT05 - Tecnologias e Estéticas da Comunicação - do 1o. Congresso de Estudantes de Pós-Graduação em Comunicação do Rio de Janeiro, 2006.
MAKOWIECHY, S. Representação: a palavra, a idéia, a coisa. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas, v. 4, n. 57, p. 2-25, 2003.NICHOLS, B. Introdução ao Documentário. Campinas, Papirus, 2005.
MUANIS, Felipe. Imagem, cinema e quadrinhos: linguagens e discursos de cotidiano. Caligrama (São Paulo. Online), v. 2, n. 1, 2006.
NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. São Paulo. In: Projeto História. v. 10, 1993.
PARENTE, A. Do dispositivo do cinema ao cinema do dispositivo. In: MACIEL, Katia (org.) Transcinemas. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2007.
POLLAK, M. Memória, esquecimento e silêncio. In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, n. 3, 1989, p. 3-15. Artigo revisitado em POLLAK, M. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p. 200-212, 1992.
SANTAELLA, L. Culturas e Artes do pós-humano. São Paulo: Paulus, 2003.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Sessões do Imaginário
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DIREITOS AUTORAIS
A submissão de originais para a Imaginario implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Imaginario como o meio da publicação original.
LICENÇA CREATIVE COMMONS
Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo com a Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Imaginario o usuário deve respeitar os requisitos abaixo.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercialmente.
Porém, somente de acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira que a Imaginario apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.
Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta página eletrônica.