A Poética Estética da Memória em Valsa com Bashir

Autores

  • Igor Alexandre Capelatto Unicamp
  • Carla Lyra ETA/UFAL/Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3710.2017.2.29346

Resumo

Este presente artigo tem como ponto de partida o filme Valsa com  Bashir de Ari Folman para uma reflexão sobre a estética do documentário de animação como ferramenta de construção de história, política  e memória.  De acordo com o release oficial (DVD e BLURAY), o diretor Ari Folman, que participou como soldado da segunda guerra do Líbano em 1982, examina suas próprias culpas para abordar os problemas da reconstituição da memória dos episódios dramáticos que culminaram no massacre dos campos de Shabra e Shatila, em que teriam morrido 3.000 refugiados palestinos. Com o fato da imagem fotográfica das câmeras não ‘darem conta’ de representar a memória em si, Folman recorrerá ao desenho, segundo o autor, como estética capaz de acionar memórias que a fotografia não é capaz de alçar.

Biografia do Autor

Igor Alexandre Capelatto, Unicamp

Unicamp, Instituto de Artes, Multimeios, Cinema

Carla Lyra, ETA/UFAL/Alagoas

cientista social, Doutorado em Memória Social na UNIRIO, colaboradora do Cineclube Caleidoscópio – ETA/UFAL/AL, pesquisadora, roteirista, produtora e diretora do curta em 35 mm Igbadu – cabaça da criação.

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Publicado

2017-10-17

Edição

Seção

Artigos