A ressignificação da luta de classes: um olhar sócio-histórico sobre Que Horas ela Volta?
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3710.2017.1.23924Palavras-chave:
Comunicação, Cinema, História, Transformações sociais, Nova classe média brasileira.Resumo
Neste artigo, pretende-se traçar um paralelo histórico entre questões do fim do século XVIII e dos primeiros anos do século XXI, a partir da observação da narrativa do filme Que Horas ela Volta?. A produção retrata a imbricada relação, profissional e afetiva, que envolve o trabalho doméstico no Brasil e as atuais transformações socioeconômicas que o país vive. O objetivo é demonstrar que, assim como no passado, quando a burguesia ascendeu e gerou incômodo na aristocracia, hoje a nova classe média começa a ocupar diferentes espaços na vida social, gerando conflitos que se refletem, também, nas representações do cinema contemporâneo. Com base em autores como Hobsbawm, Elias, Berman, Moretti e Veblen, propõe-se um paralelismo entre dois momentos históricos, que salta aos olhos ao examinarmos a construção dos personagens da obra.
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Referências audiovisuais
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