Pedaços de maus caminhos: o belo e o grotesco nas representações das cidades no telejornalismo brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3710.2016.2.25850Palabras clave:
Televisão, jornalismo, telejornal, Muniz Sodré, grotescoResumen
A base teórica para reflexão neste trabalho diz respeito às rotinas produtivas, a questão dos valores notícias e ao conceito de ethos escatológico da cultura, desenvolvido pelo pensador Muniz Sodré, buscando entender o modo que as representações do grotesco se impõem como um modelo estético presente no telejornalismo. Neste princípio, esta pesquisa busca contrapor dois conteúdos exibidos no telejornal Bom Dia Brasil, em duas sextas-feiras consecutivas, mas cujo conteúdo difere não apenas nos aspectos relativos a sua seleção – valores notícias – mas também na forma pela qual retratam o espaço urbano. Observa-se que o telejornalismo cria um mapa urbano diferenciado, a cidade acolhedora, da classe média alta e das belas paisagens, e a cidade não acolhedora, dos pobres e desvalidos, colocando em questão o próprio conceito de cidadania.
Citas
BAHIA, Juarez. Jornal História e Técnica: História da Imprensa Brasileira. São Paulo: Editora Ática, 1990.
BAKHTIN, Mikhail. A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento: O Contexto de François Rabelais. São Paulo: HUCITEC; Brasília: Universidade de Brasília, 1993.
ECO, Umberto. El signo. Barcelona. Editorial Labor, 1980.
ECO, Umberto. História da Feiúra. Rio de Janeiro. Record, 2007.
FREUD, Sigmund. O estranho. Rio de Janeiro: Imago, 1976. Edição Standard Brasileira, v. XVII, p. 275-314.
KANT, Immanuel. Crítica do juízo. São Paulo, Abril Cultural, 1980.
HUGO, Victor. Do Sublime e do Grotesco. São Paulo: Perspectiva, 1988.
Jornal Bom Dia Brasil, 22 de abril de 2016. Engenheiros apontam falhas graves em ciclovia que desabou no Rio. Disponível em: <http://g1.globo.com/bom-dia brasil/videos/t/edicoes/v/engenheiros-apontam-falhas-graves-em-ciclovia-que-desabou-no-rio/4973816/>. Acesso em: 12 mai. 2016.
KAYSER, Wolfgang. O grotesco. São Paulo: Perspectiva, 1986.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
PENA, Felipe. Teorias do jornalismo. 2º. ed. São Paulo: Contexto, 2008.
SABATINI COLETTI Il Sabatini-Coletti: dizionario della lingua italiana, Milano: Rizzoli Larousse, 2007.
SELIGMANN-SILVA, M.. Testemunho e a Política da Memória: O Tempo depois das Catástrofes. In: Projeto História, Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em História e do Departamento de História da PUC-SP, no. 30, Guerra, Império e Revolução, pp. 31-78, jun. 2005.
SILVA, Marconi Oliveira da. O mundo dos fatos e a estrutura da linguagem - a notícia jornalística na perspectiva de Wittgenstein. Porto Alegre: Edipucrs, 1998. 173p. (Coleção Filosofia 67)
PARK, R. E. Um roteiro de investigação sobre a cidade. In: VELHO, G. (Org.). O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1987.
SINGER, Ben. Modernidade, hiperestímulo e o início do sensaciolnalismo popular. In CHARNEY, Leo; SCHAWARTZ, Vanessa. O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo: Cosac &Naify, 2001.
SODRÉ, Muniz. A Comunicação do Grotesco: Introdução à Cultura de Massa no Brasil. 3ed. Petrópolis: Vozes, 1973.
SODRÉ, Muniz. Entrevista com Muniz Sodré (JB). Imprensa em15/07/2002. Disponível em: <http://www.editorasulina.com.br/noticias_det_2.php?id=25>. Acesso em: 15 abr. 2016.
SODRÉ, Muniz. Antropológica do Espelho: Uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis/RJ: Vozes, 2012.
SODRÉ, Muniz; PAIVA Raquel. O Império do Grotesco. Rio de Janeiro: Mauad, 2002.
SODRÉ, Muniz. A narração do fato: notas para uma teoria do acontecimento. Petrópolis: Vozes, 2009
TUCHMAN, Gaye. A objetividade como ritual estratégico: uma análise das noções de objetividade dos jornalistas. In: TRAQUINA, Nelson. Jornalismo: questões, teorias e “estórias”. Lisboa: Vega, 1999.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2017 Sessões do Imaginário
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
DERECHOS DE AUTOR
La sumisión de originales para la Imaginario implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a
Imaginario como el medio de la publicación original.
CREATIVE COMMONS LICENSE
Debido a que es una revista de acceso abierto, permite el libre uso de artículos en aplicaciones científicas y educativas, siempre y cuando la fuente. De acuerdo con la Licencia Creative Commons CC-BY 4.0, adoptada por la
Imaginario el usuario debe respetar los requisitos abajo.
Usted tiene el derecho de:
Compartir - copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adaptar - remezcla, transformar y crear a partir del material para cualquier propósito, incluso con fines comerciales.
Sin embargo, sólo de acuerdo con los siguientes términos:
Asignación - Usted debe dar el crédito apropiado, proveer un enlace a la licencia e indicar si los cambios se han hecho. Debe hacerlo en condiciones razonables, pero de ninguna manera que sugiera que
Imaginario usted o su uso es compatible.
No hay restricciones adicionales - No se pueden aplicar términos legales o naturaleza tecnológica de las medidas que restringen legalmente hacer algo distinto de los permisos de licencia.
Avisos:
Usted no tiene que cumplir con los términos de licencia con respecto a los elementos materiales que son de dominio público o cuyo uso está permitido por una excepción o limitación que se aplica.
Garantías no se les da. La licencia no le puede dar todos los permisos necesarios para el uso previsto. Por ejemplo, otros derechos, como derechos de imagen, privacidad o derechos morales, pueden limitar el uso del material.
Para obtener más información acerca de la licencia Creative Commons, siga el enlace en la parte inferior de esta página web.