A outridade em Paulo Leminski
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7726.2019.1.30871Palavras-chave:
Paulo Leminski. Outridade. Poesia.Resumo
Recortes poéticos da obra O ex-estranho, de Paulo Leminski, servem como ponto de análise da outridade, que se constitui no deslocamento do ser para o próprio interior. Ao abandonar suas condições do senso comum, o homem encontra na poesia a possibilidade de identificar sentidos que muitas vezes são indizíveis no nível da linguagem. A outridade dura o instante suficiente para captar tais sentidos e causar a surpresa que resulta a estupefação do óbvio, do evidente. Trata-se de um estudo teórico bibliográfico que corresponde à abordagem analítica centrada na outridade. As considerações finais revelam o trânsito do eu lírico no trajeto do deslocamento para a outridade e seu retorno às condições cotidianas. O termo outridade é empregado por Octávio Paz na obra O arco e a lira para designar o “outro” no ser humano, ou seja, ele mesmo; esse “outro” que causa estranheza a si mesmo e que questiona a própria identidade, primeiro pela repulsa, em seguida pela fascinação e, por última, pela vertigem. O “outro” que também é “eu”, é o duplo tentando se capturar, mas que escapa, dando sentido à solidão.
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Referências
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Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/176716911/Passeando-Por-Leminski-De-Domingos-Pellegrini. Acesso: 19 maio 2018.
https://doi.org/10.20396/remate.v35i2.8645200
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