Negação da figura paterna e a fuga de Jéssica no Mercador de Veneza: consciência, vergonha e interioridade
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7726.2016.4.23049Palavras-chave:
Consciência, Interioridade Negação da Figura Paterna, Mercador de VenezaResumo
Este artigo discute a relação ambígua e dissimulada de Jéssica para com a figura paterna Shylock, no Mercador de Veneza. A fuga de Jéssica e a negação da figura paterna são perpassadas por espasmos de consciência e vergonha, sugerindo que ambas são traços sobredeterminantes da interioridade de Jéssica. A linguagem dos diálogos de Jéssica e Lorenzo sugere que seu amor é provavelmente insincero, pois Jéssica faz insistentemente perguntas duvidando de seu amor, que pode ser movido pela oportunidade de fugir de casa e tomar a fortuna de Shylock. Igualmente, o amor de Lorenzo por Jéssica é enfatizado por conotações carnais e eróticas durante a peça.
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Denial of the paternal figure and Jessica’s elopement in
The Merchant of Venice: conscience, shame and inwardness
Abstract: This essay discusses Jessica’s ambiguous and deceitful relationship towards her paternal figure Shylock, in The Merchant of Venice. Jessica’s elopement and negation of the paternal figure are pervaded by qualms of conscience and shame, suggesting that both are the over-determining traits of Jessica’s inwardness. The language in Jessica and Lorenzo’s dialogue suggests that their love is probably insincere, once Jessica constantly asks questions doubting their love, which can be motivated by the opportunity to elope and take Shylock’s fortune. Similarly, Lorenzo’s love for Jessica is enhanced by carnal and erotic connotations during the play.
Keywords: Conscience; Inwardness; Denial of the Paternal Figure; The Merchant of Venice
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