Avaliação da qualidade da dieta segundo o escore da dieta mediterrânea alternativo em indivíduos com síndrome metabólica
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2019.3.33625Palavras-chave:
síndrome metabólica, dieta mediterrânea, doenças cardiovasculares, fatores de risco.Resumo
Objetivo: Avaliar a qualidade da dieta segundo o escore da dieta mediterrânea alternativo (EDM-A) em indivíduos com síndrome metabólica.
Materiais e Métodos: Estudo transversal, realizado a partir da análise de dados coletados no Grupo de Pesquisa Modificação de Estilo de Vida e Risco Cardiovascular (MERC). Foram utilizados os registros alimentares de dois dias e o recordatório alimentar de 24h para avaliar o consumo. Para avaliar a qualidade da dieta dos participantes foi utilizado o EDM-A. Após a classificação, os dados foram armazenados em banco de dados Excel e analisados por meio de estatística descritiva (frequência, média e desvio padrão da média).
Resultados: Foi analisada a qualidade da dieta de 54 indivíduos. A classificação indicando baixa qualidade da dieta segundo o EDM-A foi a mais prevalente (74,07%), seguida da classificação baixa-moderada (19,10%) e da moderada alta (5,55%). As classificações alta e muito alta foram as menos atingidas 1,23% e 0%, respectivamente.
Conclusão: A população estudada apresentou baixa qualidade da dieta segundo o EDM-A. Considerando essa afirmação são necessárias ações de promoção à saúde e programas que incentivem a adesão a uma dieta saudável, já que esta pode contribuir substancialmente para redução do risco cardiovascular em indivíduos com diagnóstico de síndrome metabólica.
Referências
Cardiologia SB. I Diretriz brasileira de diagnóstico e tratamento da síndrome metabólica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2005;84(1). https://doi.org/10.1590/S0066-782X2005000700001
The World Health Report. Reducing Risks, Promoting Healthy Life. Genebra: WHO, 2002.
World Health Organization (WHO). Global burden of disease 2004 update. Washington; 2004.
Mozaffarian D, Benjamin EJ, Go AS, Arnett DK, Blaha MJ, Cushman M, Howard VJ. Heart disease and stroke statistics-2016 update a report from the American Heart Association. Circulation. 2016; Jan 26;133(4):e38-e48.
Mottillo S, Filion KB, Genest J, Joseph L, Pilote L, Poirier P, Eisenberg MJ. The metabolic syndrome and cardiovascular risk a systematic review and meta-analysis. J Am Coll Cardiol. 2010;56(14):1113-32. https://doi.org/10.1016/j.jacc.2010.05.034
Simão AF, Précoma DB, Andrade JPD, Correa Filho H, Saraiva JFK, Oliveira GMMd. I Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia - Resumo Executivo. Arq Bras Cardiol. 2014;102:420-31.
Ramic E, Prasko S, Mujanovic OB, Gavran L. Metabolic Syndrome- Theory and practice. Matter Socio Med. 2016;28(1):71-73. https://doi.org/10.5455/msm.2016.28.71-73
Milech A, Angelucci AP, Golbert A, Matheus A, Carrilho AJF, Ramalho AC. Diretrizes da sociedade brasileira de diabetes (2015-2016). São Paulo: AC Farmacêutica. 2016.
Sofi F, Abbate R, Gensini GF, Casini A. Accruing evidence on benefits of adherence to the Mediterranean diet on health: an update systematic review and meta-analysis. Am J Clin Nutr. 2010; 92(5):1189-96. https://doi.org/10.3945/ajcn.2010.29673
Khalili-Moghadam, S., Mirmiran, P., Bahadoran, Z., Azizi, F. The Mediterranean diet and risk of type 2 diabetes in Iranian population. European journal of clinical nutrition. 2019;73(1):72. https://doi.org/10.1038/s41430-018-0336-2
Ahmad, S., Moorthy, M. V., Demler, O. V., Hu, F. B., Ridker, P. M., Chasman, D. I., & Mora, S. Assessment of risk factors and biomarkers associated with risk of cardiovascular disease among women consuming a Mediterranean diet. JAMA network open. 2018;1(8):e185708-e185708. https://doi.org/10.1001/jamanetworkopen.2018.5708
Trichopoulou A, Kouris-Blazos A, Wahlqvist ML, Gnardellis C, Lagiou P, Polychronopoulos, Trichopoulos D. Diet and overall survival in elderly people. BMJ.1995; 311(7018):1457-60. https://doi.org/10.1136/bmj.311.7018.1457
Volp ACP, Alfenas RCG, Costa NMB, Minim VPR, Stringueta PC, Bressan J. Índices dietéticos para avaliação da qualidade de dietas. Rev Nutr. 2010; 23(2):281295. https://doi.org/10.1590/S1415-52732010000200011
Fung TT, McCullough ML, Newby PK, Manson JE, Meigs JB, Rifai N, Hu FB. Diet-quality scores and plasma concentrations of markers of inflammation and endothelial disfunction. Am J Clin Nutr. 2005;82(1):163-73. https://doi.org/10.1093/ajcn/82.1.163
Davis C, Bryan J, Hodgson J, Murphy K. Definition of the Mediterranean Diet: A Literature Review. Nutrients. 2015; 5;7(11). https://doi.org/10.3390/nu7115459
Grundy, SM. Third report of the national cholesterol education program (NCEP) expert panel on detection, evaluation, and treatment of high blood cholesterol in adults (Adult Treatment Panel III) final report. Circulation. 2002;106(25):3143-421 https://doi.org/10.1161/circ.106.25.3143
Pinheiro ABV, Lacerda EMDA, Benzecry EH, Gomes MCDS, Costa VMD. Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras. São Paulo: Atheneu; 2008.
Philippi ST. Tabela de composição de alimentos: suporte para decisão nutricional. Barueri, SP: Manole. 2001.
NEPA – Núcleo de Estudos e pesquisas em Alimentação. Tabela Brasileira de Composição de Alimento/ NEPA-UNICAMP. 4. ed. Campinas: NEPA-UNICAMP; 2011.
Trichopoulou A, Costacou T, Bamia C, Trichopoulos D. Adherence to a Mediterranean diet and survival in a Greek population. N Engl J Med. 2003;348(26):2599-608. https://doi.org/10.1056/NEJMoa025039
Esposito K, Maiorino MI, Bellastella G, Panagiotakos DB, Giugliano D. Mediterranean diet for type 2 diabetes: cardiometabolic benefits. Endocrine. 2017;56(1):27-32. https://doi.org/10.1007/s12020-016-1018-2
Dinu M, Pagliai G, Casini A, Sofi F. Mediterranean diet and multiple health outcomes: an umbrella review of metaanalyses of observational studies and randomised trials. Eur J Clin Nutr. 2017; 72(1):30. https://doi.org/10.1038/ejcn.2017.58
Godos J, Zappalà G, Bernardini S, Giambini I, Bes-Rastrollo M, Martinez-Gonzalez M. Adherence to the Mediterranean diet is inversely associated with metabolic syndrome occurrence: a meta-analysis of observational studies. Int J Food Sci Nutr. 2017; 68(2):138-48. https://doi.org/10.1080/09637486.2016.1221900
Sposito AC, Caramelli B, Fonseca FA, Bertolami MC, Afiune Neto A, Souza AD, Carvalho AC. IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenção da aterosclerose: Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2007;88:2-19.
Grosso G, Marventano S, Yang J, Micek A, Pajak A, Scalfi L, Kales SN. A comprehensive meta-analysis on evidence of Mediterranean diet and cardiovascular disease: are individual components equal?. Crit Rev Food Sci Nutr. 2017;57(15):3218-32. https://doi.org/10.1080/10408398.2015.1107021
Cesari F, Sofi F, Lova RM, Vannetti F, Pasquini G, Cecchi F, Castagnoli C. Aging process, adherence to Mediterranean diet and nutritional status in a large cohort of nonagenarians: Effects on endothelial progenitor cells. Nutr Metab Cardiovasc Dis. 2018; 28(1):84-90. https://doi.org/10.1016/j.numecd.2017.09.003
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.
Schneider BC, Duro SMS, Assunção MCF. Consumo de carnes por adultos do sul do Brasil: um estudo de base populacional. Cien Saude Colet. 2014;19(8):3583-92. https://doi.org/10.1590/1413-81232014198.11702013
Hoşcan Y, Yiğit F, Müderrisoğlu H. Adherence to Mediterranean diet and its relation with cardiovascular diseases in Turkish population. Int J Clin Exp Med. 2015;8(2):2860-6.
Abellán Alemán J, Zafrilla Rentero MP, Montoro-García S. Adherence to the “Mediterranean Diet” in Spain and Its Relationship with Cardiovascular Risk (DIMERICA Study). Nutrients. 2016;28;8(11). https://doi.org/10.3390/nu8110680
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
DIREITOS AUTORAIS
A submissão de originais para a Ciência & Saúde implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Ciência & Saúde como o meio da publicação original.
LICENÇA CREATIVE COMMONS
Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo com a Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Ciência & Saúde o usuário deve respeitar os requisitos abaixo.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercialmente.
Porém, somente de acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira que a Ciência & Saúde apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.
Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta página eletrônica.