Capacidade funcional e força muscular inspiratória de candidatos à transplante de fígado
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2019.3.34217Palabras clave:
cirrose hepática, teste de esforço, músculos respiratórios, fisioterapia.Resumen
Objetivo: Comparar capacidade funcional entre cirróticos, com e sem fraqueza muscular inspiratória, e correlacionar capacidade funcional e força muscular respiratória.
Materiais e Métodos: Estudo transversal, realizado em um hospital escola. Foram incluídos pacientes cirróticos em protocolo para transplante de fígado com idade maior ou igual a 18 anos. Foram excluídos os pacientes que era contraindicado a realização do teste de caminhada de seis minutos (TC6). Foi realizada avaliação fisioterapêutica com coleta de variáveis sociodemográficas, análise da capacidade funcional por meio do TC6 e mensuração da força muscular respiratória por meio da manovacuometria para obtenção da pressão inspiratória máxima (PImáx) e da pressão expiratória máxima (PEmáx). Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo I – PImáx ≤ -80 cmH2O (GI) com fraqueza muscular respiratória e grupo II – PImáx > -80 cmH2O (GII) sem fraqueza muscular respiratória. Considerou-se nível de significância de 5% (p<0,05).
Resultados: Foram analisados 51 pacientes cirróticos. Não houve diferença significativa (p=0,19) na distância percorrida entre GI (449±86,37m) e GII (477,66±69,19m) no TC6. Observou-se que o GI apresentou PImáx (p<0,0001) e PEmáx (p=0,02) significativamente menores que GII. Os pacientes do GI apresentaram PImáx em percentual do previsto significativamente menor (p<0,0001) que os de GII (68,9±17% vs 97,8±17,7% respectivamente). Houve correlação significativa (r=0,4 p=0,02) entre PImáx e TC6 no GI e GII.
Conclusão: Não houve diferença na capacidade funcional entre cirróticos com e sem fraqueza muscular inspiratória. Apesar da correlação estatística entre a força muscular inspiratória e a capacidade funcional nos pacientes com e sem fraqueza muscular inspiratória, os resultados não sugerem correlação clinicamente importante entre estas variáveis.
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