Experiências de médicos ao comunicarem o diagnóstico da deficiência de bebês aos pais
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2015.3.21769Palabras clave:
diagnóstico, bebês com deficiência, emoções, relações médico-paciente.Resumen
Objetivo: O presente estudo teve como objetivo investigar os sentimentos e vivências de médicos ao transmitirem a notícia de uma deficiência aos pais, no nascimento do bebê, assim como o preparo/formação que receberam para atuarem neste momento.
Material e Métodos: O estudo teve abordagem qualitativa e exploratória, a partir da técnica de entrevista semiestruturada. A pesquisa foi realizada com 10 médicos, entre Obstetras e Neonatologistas na cidade de São Paulo/ SP. As entrevistas foram analisadas e seus resultados discutidos em três diferentes categorias: a Notícia, Sentimentos e Preparo Profissional.
Resultados: Os médicos relatam dificuldades ao comunicar os pais sobre a deficiência dos bebês e pensam em estratégias variadas, como falar ao casal; falar apenas para a mãe, falar imediatamente após o parto, esperar algum tempo; revelam tristeza e inexistência de preparo durante a formação em medicina.
Conclusão: Foram sinalizadas abordagens inadequadas e ineficazes, e o despreparo e dificuldades na comunicação da notícia, associados à falta de formação acadêmica para desempenhar esta tarefa. Conclui-se que os principais sentimentos vivenciados são a tristeza, a angústia e a solidariedade, com consequências físicas e emocionais para o profissional e, provavelmente, para a família dos pacientes.
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