Níveis de atividade física e fatores associados entre professores de medicina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2019.3.33643

Palavras-chave:

atividade física, estilo de vida sedentário, inquéritos epidemiológicos, doenças crônicas não transmissíveis.

Resumo

Objetivo: Analisar os níveis de atividade física e os fatores associados entre professores do curso de medicina de uma universidade do Sul do Brasil.
Materiais e Métodos: Estudo epidemiológico transversal, realizado com professores do curso de medicina de uma universidade do Sul do Brasil. As variáveis sociodemográficas e de estado de saúde foram avaliadas por meio de entrevistas, a partir de um questionário adaptado do instrumento utilizado pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Foram estimadas as razões de prevalência ajustadas de acordo com as características individuais da amostra, por Regressão de Poisson com variância robusta.
Resultados: A prevalência de docentes considerados fisicamente ativos no lazer foi de 44,2%, fisicamente ativos no trabalho 40,4%, fisicamente ativos em atividades domésticas 5,8% e fisicamente ativos em atividades de deslocamento 2,6%. A realização de atividades domésticas foi associada com a idade dos docentes, sendo maior entre os docentes com idade maior do que 45 anos (RP: 8,74 IC95%: 1,03–74,31). Nenhuma outra característica sociodemográfica ou antropométrica foi associada à atividade física.
Conclusão: O estudo concluiu que a maioria dos docentes do curso de medicina participantes deste estudo é considerada fisicamente ativa. Além disso, possuir idade superior a 45 anos demonstrou associação com maior quantidade de atividades domésticas.

Biografia do Autor

Fabricio de Souza, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC

Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC, Brasil.

Ivan Carlos Tenório Lins, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC

Acadêmico do Curso de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC, Brasil.

Daiana Louise Andrade Silva, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC

Acadêmica do Curso de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC, Brasil.

Samuel Eneias Pereira Viana, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC

Acadêmico do Curso de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC, Brasil.

Francisca Maria Araújo da Silva, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC

Acadêmica do Curso de Medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC, Brasil.

Betine Pinto Moehlecke Iser, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC

Cirurgiã-dentista. Doutora em Epidemiologia. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão, SC, Brasil.

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Publicado

2019-12-06

Edição

Seção

Artigos Originais