Há um direito a privacidade e intimidade absolutos na ordem jurídica e política democráticas contemporânea, notadamente em face de informações que visem o combate à corrupção?
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7718.2014.2.17345Palavras-chave:
Direito Fundamental Individual à Privacidade. Corrupção. Direito Fundamental Social à Segurança.Resumo
A corrupção no Brasil e no mundo toma proporções estratosféricas hoje, causando danos em diversas áreas e segmentos sociais, notadamente nos Direitos Humanos e Fundamentais das pessoas mais pobres e com menores recursos de vida digna. Por outro lado, em face dos altos níveis de sofisticação, inteligência e organização sistêmica, os protagonistas destes cenários corruptivos muitas vezes logram êxito em suas ações, restando impunes em face dos déficits de ação preventiva e curativa dos poderes instituídos do Estado. Em face disto é que se deve perguntar se há um Direito Fundamental Individual à Privacidade absoluto a resguardar informações e dados pessoais em quaisquer circunstâncias.Referências
ALEXY, Robert. A argumentação jurídica como discurso racional. In: TEIXEIRA, Anderson Vichinkeski.
______. A theory of legal argumentation: the theory of rational discourse as theory of legal justification. In: Ratio Juris. New York: Hammel, 2010. v. 37.
______. Os direitos fundamentais e a democracia no para-
digma procedimental do direito de Jürgen Habermas. In FRANKENBERG, Günter; MOREIRA, Luiz. Jürgen Habermas: 80 anos. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2009.
______. Teoria da argumentação jurídica: a teoria do discurso racional como teoria da justificação jurídica. São Paulo: Landy, 2001.
______. Teoría de los derechos fundamentales. Madrid: Centros de Estudios Constitucionales, 2000.
______. The construction of constitutional rights. In: Law & Ethics of Human Rights, Berkeley: Berkeley Electronic Press, v, 4, n. 1, article 2, 2010.
ANDRONICO, Alberto. Ermeneutica e Diritto da Wilhelm Dilthey ed Emilio Betti. In: Spicchi di Novecento, a cura di Bruno Montanari. Roma: Giappichelli, 2008.
AVÓLIO, Luiz Francisco Torquato. Provas ilícitas: interceptações telefônicas clandestinas. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2003.
BARBOSA, Álvaro Antônio do Cabo. Direito à própria imagem. Aspectos fundamentais. São Paulo: Saraiva, 1989.
BARROS, Suzana de Toledo. O princípio da proporcionalidade e o controle de constitucionalidade das leis restritivas de direitos fundamentais. Brasília: Brasília Jurídica, 2000.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Código penal comentado. São Paulo: Saraiva, 2010.
BÖCKENFÖRDE, Ernst-Wolfgang. Staat, Verfassung, Demokratie, 190. 1991.
CANARIS, Wilhelm Canaris. Pensamento sistemático e conceito de sistema na ciência do direito. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. São Paulo: Saraiva, 2008.
CARNAUBA, Maria Cecília Pontes. Prova ilícita. São Paulo: Saraiva, 2000.
CARVALHO, Márcia Haidée Porto de. A defesa da honra e o direito à informação. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2002.
CARVALHO, Orlando de. Para uma teoria geral da relação jurídica. Coimbra: Centelha, 1981.
CASTRO, Sandro. Il danno all’immagine. Roma: Giappichelli Editore, 2013.
CELANO, Bernardo. Dialettica della giustificazione pratica. Torino: Giappichelli, 2008
CHEQUER, Cláudio. A liberdade de expressão como direito fundamental preferencial prima facie. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2011.
FERRAZ JR., Tércio Sampaio. Sigilo de dados: o direito à privacidade e os limites à função fiscalizadora do Estado.
FRANÇA, Rubens Limongi. Instituições de direito civil. São Paulo: Saraiva, 1999.
GOMES FILHO, Antonio Magalhães. Direito à prova no processo penal. São Paulo: RT, 1997.
GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. Rio de Janeiro: Forense, 2000.
GRIFFIN, Stephen. American Constitutionalism: from theory to politics. Princeton: Princeton University Press, 1996.
GRINOVEER, Ada Pellegrini. Liberdades públicas e processo penal: as interceptações telefônicas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1982.
GRINOVER, Ada Pellegrine; FERNANDES, Antonio Scaranze; GOMES FILHO, Antonio Magalhães. As nulidades no processo penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.
GUASTINI, Ricardo. Le fonti del diritto e l’interpretazione. Milano: Giuffrè, 1993.
HABERMAS, Jürgen. Between Facts and Norms: contributions to a discourse theory of law and democracy. William Rehg trans, Polity Press, 1996.
JESTAEDT, Matthias. Die Abwägungslehre – ihre Stärken und ihre Schwächen. In: Staat im Wort: Festschrift für Josef Isensee 253, 260, 262-63, 275 (Otto Depenheuer, Markus Heintzen, Matthias Jestaedt, & Peter Axer eds., 2007).
JESUS, Damásio. E. de. Direito penal: parte especial: dos crimes contra a pessoa. Dos crimes contra o patrimônio. São Paulo: Saraiva, 2006.
KLEMENT, Jan Henrik. Vom Nutzen einer Theorie. Die alles erklärt, 63. Juristenzeitung 756, 760 (2008).
LEAL, Rogério Gesta. A decisão judicial: elementos teórico-constitutivos à efetivação pragmática dos Direitos Fundamentais. Chapecó: UNOESC, 2012.
______. O Estado-Juiz na democracia contemporânea: uma perspectiva procedimentalista. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
LEEBAW, Bronwyn. Judging State-sponsored violence, imagining political change. New York: Cambridge University Press, 2012.
LUÑO, Antonio Henrique Pérez. Derechos humanos, estado de serecho y constitución. Madrid: Tecnos, 1999.
MANIACI, Giorgio. Note sulla teoria del bilanciamento di Robert Alexy. In: Rivista Diritto & Questioni Pubbliche, Palermo: Università degli Studi di Palermo, v. 2. ago. 2002.
MENGONI, Luiggi. Ermeneutica e dogmatica giuridica. Milano: Giuffrè, 2006.
OLIVEIRA, Elton Somensi de Oliveira. (Orgs.). Correntes contemporâneas do pensamento jurídico. São Paulo: Manole, 2010.
PACE, Alessandro. Metodi interpretativi e costituzionalismo. Quaderni Costituzionali, Rivista Italiana di Diritto Costituzionale, n. 1, aprile 2001. ISSN: 0392-6664.
PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Tratado de direito privado. Direito de personalidade. Direito de família. Rio de Janeiro: Borsoi, 1955.
POSCHER, Ralf. Einsichten, Irrtümer und Selbstmißverständnisse der Prinzipientheorie. In: Die Prinzipientheorie der Grundrechte: studien zur grundrechtstheorie Robert Alexys. 59, 65, 70 (Jan-R. Sieckmann ed., 2007).
PROSPERI, Massimo. La tutela dell’immagine. Roma: Giappichelli Editore, 2012.
SCHAUER, Francisco. Le regole del gioco. Un’analisi filosofica delle decisioni prese secondo regole nel diritto e nella vita quotidiana. Bologna: Il Mulino, 2009.
SCHAUER, Frederick. The nature of customary law: legal, historical and philosophical perspectives. New York: Amanda Perreau-Saussine & James Bernard Murphy eds., 2007.
SCHLINK, Bernhard. Der Grundsatz der Verhältnismäßigkeit. In: Festschrift 50 Jahre Bundesverfassungsgericht 445, 460 (Peter Badura & Horst Dreier eds., 2001).
ALEXY, Robert. A argumentação jurídica como discurso racional. In: TEIXEIRA, Anderson Vichinkeski.
______. A theory of legal argumentation: the theory of rational discourse as theory of legal justification. In: Ratio Juris. New York: Hammel, 2010. v. 37.
______. Os direitos fundamentais e a democracia no para-
digma procedimental do direito de Jürgen Habermas. In FRANKENBERG, Günter; MOREIRA, Luiz. Jürgen Habermas: 80 anos. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2009.
______. Teoria da argumentação jurídica: a teoria do discurso racional como teoria da justificação jurídica. São Paulo: Landy, 2001.
______. Teoría de los derechos fundamentales. Madrid: Centros de Estudios Constitucionales, 2000.
______. The construction of constitutional rights. In: Law & Ethics of Human Rights, Berkeley: Berkeley Electronic Press, v, 4, n. 1, article 2, 2010.
ANDRONICO, Alberto. Ermeneutica e Diritto da Wilhelm Dilthey ed Emilio Betti. In: Spicchi di Novecento, a cura di Bruno Montanari. Roma: Giappichelli, 2008.
AVÓLIO, Luiz Francisco Torquato. Provas ilícitas: interceptações telefônicas clandestinas. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2003.
BARBOSA, Álvaro Antônio do Cabo. Direito à própria imagem. Aspectos fundamentais. São Paulo: Saraiva, 1989.
BARROS, Suzana de Toledo. O princípio da proporcionalidade e o controle de constitucionalidade das leis restritivas de direitos fundamentais. Brasília: Brasília Jurídica, 2000.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Código penal comentado. São Paulo: Saraiva, 2010.
BÖCKENFÖRDE, Ernst-Wolfgang. Staat, Verfassung, Demokratie, 190. 1991.
CANARIS, Wilhelm Canaris. Pensamento sistemático e conceito de sistema na ciência do direito. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. São Paulo: Saraiva, 2008.
CARNAUBA, Maria Cecília Pontes. Prova ilícita. São Paulo: Saraiva, 2000.
CARVALHO, Márcia Haidée Porto de. A defesa da honra e o direito à informação. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2002.
CARVALHO, Orlando de. Para uma teoria geral da relação jurídica. Coimbra: Centelha, 1981.
CASTRO, Sandro. Il danno all’immagine. Roma: Giappichelli Editore, 2013.
CELANO, Bernardo. Dialettica della giustificazione pratica. Torino: Giappichelli, 2008
CHEQUER, Cláudio. A liberdade de expressão como direito fundamental preferencial prima facie. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2011.
FERRAZ JR., Tércio Sampaio. Sigilo de dados: o direito à privacidade e os limites à função fiscalizadora do Estado.
FRANÇA, Rubens Limongi. Instituições de direito civil. São Paulo: Saraiva, 1999.
GOMES FILHO, Antonio Magalhães. Direito à prova no processo penal. São Paulo: RT, 1997.
GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. Rio de Janeiro: Forense, 2000.
GRIFFIN, Stephen. American Constitutionalism: from theory to politics. Princeton: Princeton University Press, 1996.
GRINOVEER, Ada Pellegrini. Liberdades públicas e processo penal: as interceptações telefônicas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1982.
GRINOVER, Ada Pellegrine; FERNANDES, Antonio Scaranze; GOMES FILHO, Antonio Magalhães. As nulidades no processo penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.
GUASTINI, Ricardo. Le fonti del diritto e l’interpretazione. Milano: Giuffrè, 1993.
HABERMAS, Jürgen. Between Facts and Norms: contributions to a discourse theory of law and democracy. William Rehg trans, Polity Press, 1996.
JESTAEDT, Matthias. Die Abwägungslehre – ihre Stärken und ihre Schwächen. In: Staat im Wort: Festschrift für Josef Isensee 253, 260, 262-63, 275 (Otto Depenheuer, Markus Heintzen, Matthias Jestaedt, & Peter Axer eds., 2007).
JESUS, Damásio. E. de. Direito penal: parte especial: dos crimes contra a pessoa. Dos crimes contra o patrimônio. São Paulo: Saraiva, 2006.
KLEMENT, Jan Henrik. Vom Nutzen einer Theorie. Die alles erklärt, 63. Juristenzeitung 756, 760 (2008).
LEAL, Rogério Gesta. A decisão judicial: elementos teórico-constitutivos à efetivação pragmática dos Direitos Fundamentais. Chapecó: UNOESC, 2012.
______. O Estado-Juiz na democracia contemporânea: uma perspectiva procedimentalista. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
LEEBAW, Bronwyn. Judging State-sponsored violence, imagining political change. New York: Cambridge University Press, 2012.
LUÑO, Antonio Henrique Pérez. Derechos humanos, estado de serecho y constitución. Madrid: Tecnos, 1999.
MANIACI, Giorgio. Note sulla teoria del bilanciamento di Robert Alexy. In: Rivista Diritto & Questioni Pubbliche, Palermo: Università degli Studi di Palermo, v. 2. ago. 2002.
MENGONI, Luiggi. Ermeneutica e dogmatica giuridica. Milano: Giuffrè, 2006.
OLIVEIRA, Elton Somensi de Oliveira. (Orgs.). Correntes contemporâneas do pensamento jurídico. São Paulo: Manole, 2010.
PACE, Alessandro. Metodi interpretativi e costituzionalismo. Quaderni Costituzionali, Rivista Italiana di Diritto Costituzionale, n. 1, aprile 2001. ISSN: 0392-6664.
PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Tratado de direito privado. Direito de personalidade. Direito de família. Rio de Janeiro: Borsoi, 1955.
POSCHER, Ralf. Einsichten, Irrtümer und Selbstmißverständnisse der Prinzipientheorie. In: Die Prinzipientheorie der Grundrechte: studien zur grundrechtstheorie Robert Alexys. 59, 65, 70 (Jan-R. Sieckmann ed., 2007).
PROSPERI, Massimo. La tutela dell’immagine. Roma: Giappichelli Editore, 2012.
SCHAUER, Francisco. Le regole del gioco. Un’analisi filosofica delle decisioni prese secondo regole nel diritto e nella vita quotidiana. Bologna: Il Mulino, 2009.
SCHAUER, Frederick. The nature of customary law: legal, historical and philosophical perspectives. New York: Amanda Perreau-Saussine & James Bernard Murphy eds., 2007.
SCHLINK, Bernhard. Der Grundsatz der Verhältnismäßigkeit. In: Festschrift 50 Jahre Bundesverfassungsgericht 445, 460 (Peter Badura & Horst Dreier eds., 2001).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
DIREITOS AUTORAIS
A submissão de originais para a Direito & Justiça implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Direito & Justiça como o meio da publicação original.
LICENÇA CREATIVE COMMONS
Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo com a Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Direito & Justiça o usuário deve respeitar os requisitos abaixo.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercialmente.
Porém, somente de acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira que a Direito & Justiça apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.
Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta página eletrônica.