MORFOGENIA LARVAL MICROANATÔMICA DO PEIXE-REI MARINHO <i>Odontesthes argentinensis</i> (ATHERINIFORMES, ATHERINOPSIDAE) DO RIO GRANDE DO SUL – BRASIL: ENTRE A ECLOSÃO E O 30º DIA

Autores

  • Márcia Perazzo Valadares Costa
  • Renato Zacarias Silva
  • Luis André Sampaio
  • João Carlos Brahm Cousin

Palavras-chave:

Desenvolvimento larval, organogênese, Odontesthes argentinensis, aquicultura

Resumo

(Microanatomia larval do peixe-rei marinho Odontesthes argentinensis do Rio Grande do Sul – Brasil) Larvas de Odontesthes argentinensis foram cultivadas sob condições controladas em tanques de 15 litros (temperatura: 21-22,5ºC; salinidade: 30-35‰; fotoperíodo 13h claro:11h escuro; aeração e renovação da água constantes; densidade: sete larvas/litro e alimentação: nauplii de Artemia spp.) na Estação Marinha de Aquicultura (EMA) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) para descrição microanatômica e funcional do sistema digestório entre a eclosão e o 30º dia de vida. Amostragens histológicas e biometrias (Regressão Linear: comprimento-idade e peso-idade) respeitaram as idades: recém-eclodidos (zero dias=0D), 1D, 3D, 6D, 12D, 16D, 20D e 30D pós-eclosão com anestesia com MS-222. Para histologia foram fixadas por 12h (0D≥idade≤20D) e por 24h (idade=30D) em líquido de Bouin, submetidas ao protocolo de inclusão em parafina para montagem permanente em Bálsamo do Canadá, coloração com Hematoxilina-Eosina e microtomia de 7μm em orientação sagital. Ao 0D a espécie possui: sistema nervoso e tecido muscular estriado esquelético (miomérico) bem diferenciados; boca funcional; tubo digestório com luz contínua e em diferenciação acelerada (concomitantemente com a rápida formação hepática e pancreática) o que permite uma nutrição mista (endógena e exógena); não há orifício anal ainda formado; cavidade faringiana portadora de brânquias funcionais; vitelo grande e ocupando a maior parte da cavidade visceral. Larvas de 12D apresentam todos os sistemas de órgãos não-gametogênicos caracterizados. Até o 30D O. argentinensis não apresenta estômago e cecos pilóricos. A salinidade parece ser um fator importante para a sobrevivência larval mesmo com o tegumento, o sistema respiratório e o sistema urinário funcionais, o que implica em mortalidade multifatorial.

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