A plataformização chegou no trabalho do sexo

apontamentos sobre a formalização da precarização a partir da plataforma “OnlyFans”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-5694.2024.1.45932

Palavras-chave:

Plataformização do trabalho, Trabalho sexual, Capitalismo contemporâneo, Sociologia do trabalho, trabalho online

Resumo

O presente artigo trata da problemática advinda da intersecção entre dois enquadramentos: o trabalho plataformizado e o trabalho do sexo. Para entender como chegamos ao trabalho do sexo plataformizado, realizamos um breve percurso do “trabalho” no capitalismo, amparado pela sociologia do trabalho. Posteriormente, iniciamos uma análise de rede da plataforma OnlyFans, a partir da qual entendemos a nova fase de liberalização da economia e flexibilização das relações de produção que a Indústria 4.0 engendra. Assim, nossa discussão se desenvolve de forma a expor e problematizar os efeitos desse processo de precarização, que envolvem: a problemática dos trabalhos feminilizados como improdutivos, a atualização da lógica de interação com o capital por meio da plataforma e a transformação, cada vez maior, de trabalhos (antes colocados como improdutivos) em diretamente produtivos. Com este debate, pretendemos dar visibilidade a um trabalho intrinsecamente informal, como o trabalho do sexo, que, assim como os trabalhos feminilizados, estão na base de qualquer sociedade e estão sendo privados, de forma cada vez mais intensa, de seguridade social.

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Biografia do Autor

Mirian Borges da Silva, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina/PR, Brasil.

Bacharela e licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), licenciada em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER) e mestranda em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UEL.

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Publicado

2024-08-09

Como Citar

Borges da Silva, M. (2024). A plataformização chegou no trabalho do sexo: apontamentos sobre a formalização da precarização a partir da plataforma “OnlyFans”. Conversas & Controvérsias, 11(1), e45932. https://doi.org/10.15448/2178-5694.2024.1.45932

Edição

Seção

Artigos Livres