Caracterização dos feminismos negros
dos coletivos da geração MNU às coletividades virtuais
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2025.1.46400Palavras-chave:
Feminismo negro, Mulheres negras, Coletivos feministasResumo
Esse artigo busca traçar as principais características do feminismo negro brasileiro desde seu surgimento no final da década de 1970 por meio dos coletivos de mulheres negras até a contemporaneidade onde coletivos de feministas negras estão presentes e atuantes nas redes sociais digitais. A partir da coleta de dados, via formulários online, grupos focais e da utilização do método da Análise de Conteúdo, o artigo apresenta as formas de organização, pautas, estratégias, referências mobilizadas por feministas negras contemporâneas cuja atuação ocorre principalmente em redes sociais como Facebook e o extinto Twitter. A análise dos dados revelou que o feminismo negro em atuação nas redes sociais mantém grande parte das pautas e princípios que nortearam a geração que o precedeu, mas apresenta aspectos próprios como a distinção em dois diferentes segmentos, a produção e difusão de conhecimento como uma diretriz fundamental, e ainda a incorporação de pautas LGBTQIA+.
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