Sobre trânsitos, esperas e temporalidades
Experiências de mulheres que atuam no acolhimento familiar (Buenos Aires, Argentina)
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2024.1.45962Palavras-chave:
Acolhimento familiar, Parentesco, Transitoriedade, ArgentinaResumo
O objetivo deste artigo é explorar os processos de construção de parentesco no contexto das práticas de acolhimento familiar desenvolvidas por uma ONG na área noroeste da Grande Buenos Aires, Argentina. Com base no trabalho de campo que realizamos com as mulheres que atualmente executam essa tarefa, analisamos as maneiras pelas quais elas lidam com os pressupostos de um modelo normativo de família e, assim, contribuem para tensionar ou reificar os limites práticos e conceituais do parentesco. De uma perspectiva socioantropológica, concentramo-nos nos significados da transitoriedade do cuidado, pois isso nos permite examinar e problematizar os processos de gestão parental e a produção de arranjos familiares destinados a redistribuir o status parental. O caráter transitório desse cuidado prestado a crianças colocadas temporariamente em famílias com as quais não têm vínculos biológicos ou legais representa um núcleo de sentido, que nos leva a organizar a análise em duas dimensões específicas: por um lado, a maneira como essas mulheres se preparam para o momento em que devem se separar das crianças que abrigam e, por outro, as possibilidades que encontram para permitir a coexistência de diversos vínculos que são significativos para elas.
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