As autonomias indígenas na Bolívia
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2025.1.44686Palavras-chave:
Autonomia indígena, Estado Plurinacional da Bolívia, Organizações indígenasResumo
Este artigo analisa o processo de construção das “autonomias indígenas originário camponesas” incluídas na Constituição boliviana de 2009. O artigo aponta como obstáculos legais e políticos levaram a um tímido avanço na consolidação de governos autônomos indígenas nos primeiros dez anos após a aprovação da constituição. Não obstante a previsão legal tanto da incorporação de regras e normas estatais em estatutos autonômicos indígenas quanto do reconhecimento estatal de formas de organização comunitárias, o primeiro prevaleceu. Tal constatação não indica, contudo, a derrota do projeto de construção de autonomias indígenas, na medida em que o processo analisado deve ser entendido como uma nova etapa na longa história de enfrentamento e negociação por autonomia entre povos indígenas e o estado.
Downloads
Referências
Albó, Xavier e Carolos Romero. 2009. Autonomías Indígenas en la realidad boliviana y su nueva Constitución. Vicepresidencia del Estado Boliviano. GTZ-Padep.
Confederación Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Bolivia. 1983. Tesis Política.
Dan, Vívian Lara Cáceres. 2018. O estatuto de autonomia de Lomerío (Bolívia)na perspectiva indígena. Revista Direito Práxis 9 (3): 1531-54. https://doi.org/10.1590/2179-8966/2017/26268. DOI: https://doi.org/10.1590/2179-8966/2017/26268
Freitas, Caroline Cotta de Melo. 2012. Entre wiphalas, polleras e ponchos: embates entre os discursos de Conamaq, do estado plurinacional da Bolívia e do direito internacional. Tese em Antropologia, Universidade de São Paulo.
Garcés, Fernando. 2010. Los esfuerzos de construcción descolonizada de un Estado plurinacional en Bolivia y los riesgos de vestir al mismo caballero con otro terno. Integra Educativa 3 (1): 49-66.
Iamamoto, Sue A. S. 2017. Home-made development in Bolivia. Civitas 17 (2): 233-50. http://dx.doi.org/10.15448/1984-7289.2017.2.26954. DOI: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2017.2.26954
Mamani, Pablo. 2007. Bolivia antes de Evo Morales. Fractura del estado colonial: poder de los microgobiernos indígenas. Bolivian Studies Journal 7 (1): 1-26.
Moraes, Renata Albuquerque de. 2014. Desenvolvimento e vivir bien: o caso do território indígena e Parque Nacional Isidoro Sécure (Bolívia). Dissertação em Ciências Sociais, Universidade de Brasília.
Pacto de Unidad. 2010. El Pacto de Unidad y el Proceso de Construcción de una Propuesta de Constitución Política del Estado.
Pannain, Rafaela N. 2014. A crise do estado boliviano e a autonomia indígena. Tese em Sociologia, Universidade de São Paulo.
Pannain, Rafaela N. 2019. Expansão do Estado na Bolívia e resistências: entre hegemonias e autonomias. Mediações (24) 1: 22-47. https://doi.org/10.5433/2176-6665.2019v24n1p22 DOI: https://doi.org/10.5433/2176-6665.2019v24n1p22
Patzi, Félix. 2007. Insurgencia y sumisión. Movimientos sociales e indígenas. Ediciones Yachaywasi.
Platt, Tristan. 1987. Entre ch’axwa y muxsa una historia del pensamiento aymara. In Tres reflexiones sobre el pensamiento andino, organizado por Therèse Bouysse-Cassagne, Olivia Harris, Tristan Platt e Verónica Cereceda. Isbol.
Postero, Nancy e Nicole Fabricant. 2019. Indigenous sovereignty and the new developmentalism in plurinational Bolivia. Anthropological Theory 19 (1): 95-119. https://doi.org/10.1177/1463499618779735. DOI: https://doi.org/10.1177/1463499618779735
Regalsky, Pablo. 2006. Bolivia indígena y campesina: una larga marcha para liberar sus territorios y un contexto para el gobierno de Evo Morales. Herramienta 31.
Rivera Cusicanqui, Silvia. 1983. Luchas campesinas contemporáneas en Bolivia: el movimiento “katarista”, 1970-1980. In Bolivia hoy, organizado por René Zavaleta Mercado. Editora Siglo 21.
Rivera Cusicanqui, Silvia. 1990. Liberal democracy and Ayllu democracy in Bolivia: the case of Northern Potosí. Journal of Development Studies 26 (4): 97-121. https://doi.org/10.1080/00220389008422175. DOI: https://doi.org/10.1080/00220389008422175
Rivera Cusicanqui, Silvia. 2003. Oprimidos pero no vencidos. Luchas del campesinado aymara y quechwa 1900-1980. 4. ed. Editorial del Taller de Historia Oral Andino -Thoa.
Rivera Cusicanqui, Silvia. 2018. Un mundo ch’ixi es posible. Ensayos desde un presente en crisis. Tinta Limón.
Schilling-Vacaflor, Almut. 2008. Identidades indígenas y demandas político-jurídicas de la csutcb y el conamaq en la Constituyente boliviana. Tinkazos 11 (23-24): 1-17. https://doi.org/10.20446/JEP-2414-3197-24-1-122. DOI: https://doi.org/10.20446/JEP-2414-3197-24-1-122
Ströbele-Gregor, Juliana. 1994. From Indio to Mestizo... to Indio. New Indianist Movements in Bolivia. Latin America Perspectives, 21 (2): 106-23. https://doi.org/10.1177/0094582X9402100207. DOI: https://doi.org/10.1177/0094582X9402100207
Tapia, Luis. 2010. El estado en condiciones de abigarramiento. In Estado como campo de lucha, organizado por Álvaro García Linera, Raúl Prada, Luis Tapia e Oscar Vega Camacho. Muela del Diablo Editores.
Tapia, Luis. 2011. El estado de derecho como tiranía. Editorial Autodeterminación.
Tapia, Luis e Marxa Chávez. 2020. Producción y reproducción de desigualdades. Organización social y poder político. Cedla.
Ticona, Esteban. 2003. Pueblos indígenas y Estado boliviano. La larga historia de conflictos. Gazeta de Antropologia 19. https://red.pucp.edu.pe/wp-content/uploads/biblioteca/090410.pdf.
Tockman, Jason. 2016. Decentralisation, socio-territoriality and the exercise of indigenous self-governance in Bolivia. Third World Quarterly 37 (1): 153-71. https://doi.org/10.1080/01436597.2015.1089163. DOI: https://doi.org/10.1080/01436597.2015.1089163
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Civitas: revista de Ciências Sociais

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.